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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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30.6.08

Shows: Metric em São Paulo e Jay-Z no Glastonbury

Shows Que Não Vi...




      Essa todo mundo já viu em todos os lugares, mas eu preciso registrar. É a resposta do Jay-Z, sábado, para o Noel Galagher, que reclamou da presença do rapper em um festival de rock. Se é por questão de guitarra, tá lá...



      Também no sábado, rolou Metric no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O Matias não gostou muito, mas eu ainda assim queria muito ter podido ver a banda da Emily Haines. Ainda mais porque Feist não me bate, então do Broken Social Scene é pra eles que eu torço, digamos assim. E eu gosto mesmo sem ter me tocado até agora (goiaba total) que essa Dead Disco é deles.

Entrevista: Emílio Domingos, diretor de L.A.P.A.

É Que Nem Pastor Evangélico, Cara...

      Conforme prometido há uma semana, aqui vai a primeira parte da conversa que eu tive com o cientista social, documentarista e dj Emílio Domingos sobre o filme L.A.P.A. A gente falou sobre rap carioca, e tentou entender junto um pouco de como se dá a organização de um ambiente de encontros e movimentações criativas, o que acabou sendo o ponto de partida para o documentário. O papo também foi adiante e caiu na grande questão: as pessoas podem causar impacto na cidade através da cultura? Claro que o Emílio estava muito mais dentro do assunto do que eu, até porque ele acompanha o hip hop da Lapa há ancestralidades. Portanto, fala tu, Emílio.

Sobremusica: A primeira pergunta é classicona. Qual é a história desse filme teu e do Cavi [Borges]? Quanto tempo levou?
ED: Ancestralidade, né? Bom, você conhece um pouco a história desse filme, né Bernardo? Você tá perguntando... Eu conheci os caras do hip hop aqui no Rio em 94, na época que tinha uma associação chamada AtCon, Atitude Consciente. Eu cheguei a freqüentar umas três reuniões, cheguei na associação através da Edviges, ou Edwiller da Damas do Rap, se preferir. E ela era amiga de um amigo meu de faculdade, eu fui assistir e ficava louco pra filmar. Só que em 94 eu não tinha câmera, nem acesso a equipamento. E era só um estudante de graduação de Ciências Sociais. Em 99, lá no Ateliê de Cinema e Antropologia que a gente fez junto [na verdade, nós fizemos juntos o mesmo ateliê de dois anos depois, com Emílio já na condição de assistente do Ateliê], eu tive que fazer um filme... A história é longa, né? Tive que fazer um filme no final do curso, e eu acabei optando pelo tema de hip hop. Aí filmei os quatro elementos [do hip hop: grafite, break, dj e mc] através daquele filme lá, A Palavra Que Leva Além, que eu fiz com a Bianca Brandão e a Luiza Pitanga. Mas aquele filme é um exercício, não é um filme. E através desse novo contato que eu tive em 99...

sm: A Palavra Que Me Leva Além ganhou...
ED: Ganhou o [festival de cinema universitário] Vide Vídeo e ganhou uma menção honrosa do Prêmio Pierre Verger, da Associação Brasileira de Antropologia. Engraçado que eu ganhei o Vide Vídeo agora, de novo, cinqüenta anos depois, porque o Cavi é universitário. A gente ganhou ficção com o Pretinho Babilon, você já viu? [sm: Não] Pô, tenho que te mostrar então. Viu o clipe do Digital Dubs? Curimba Riddim... [sm: Também não.] Cacete, então depois a gente fala disso. Ééé... daí no período que eu fui filmando o Palavra Que Me Leva Além, eu percebi que os MCs eram extremamente verborrágicos, né? Não dava pra contar o que eles tinham pra dizer em sete minutos e meio de um filme de trinta minutos. Era um absurdo, uma crueldade. E através disso, também, eu fui percebendo que os bastidores da produção musical, da produção de rap, que isso daria um filme assim. Além de muitos personagens e muitos dramas, essa história tava em processo aqui no Rio de Janeiro, particularmente. Essa coisa de conseguir produzir as próprias bases. Quando eu os conheci em 94, os caras não conseguiam produzir as próprias bases. Eles rimavam em cima de base americana, que eles compravam em São Paulo, em vinil. E quando eu os reencontrei em 99, eles já tavam fazendo a própria música de maneira ainda iniciante, assim. E agora, todo mundo já faz a própria música, todo mundo tem um software pirata em casa e faz o próprio som. Resumindo é isso.

sm: Mas então porque fazer esse novo filme, e porque com o Cavi? Quais foram essas conversas de vocês dois?
ED: Eu fiquei amigo do Cavi quando ele foi ver A Palavra Que Me Leva Além no Vide Vídeo de 99 ou 2000, ele passou (o filme) no Espírito das Artes, na Cobal [portanto, do lado da locadora do Cavi, a Cavídeo], e ele ficou mega interessado: meu Deus, não-sei-que, balanlan..., aquele jeito dele de ser, e a gente começou a se falar a partir daquilo ali, e viramos amigos. E assim que eu resolvi fazer esse filme, eu fui falar com o Cavi, e ele falou: caramba, deixa eu te ajudar. Eu produzo, pampampam. Mas ele começou a se envolver tanto no projeto que acabou dirigindo comigo. Eu falei, cara, dirige aí. Só falta assinar, pelo amor de Deus. E ele naquela pilha de participar dele... E foi assim que se deu, a gente foi pesquisando alguns personagens, vários das filmagens que a gente fez nesse período de pesquisa não entraram. Na verdade, quase todas. Foi uma experiência mesmo de sondar personagem, de ver como as pessoas fluíam diante do vídeo e que história elas tinham pra contar. Pessoas até que eu não conhecia pessoalmente, só conhecia de ver nas batalhas, de ouvir falar, de ouvir a música. E boa parte dos personagens do filme eu já conhecia, mas alguns a gente acabou definindo nessa pesquisa que foi em 2005.

sm: Mas o que era o filme no começo?
ED: Que que era o filme: vamos retratar o que é a cena de rap estava fazendo agora no Rio de Janeiro, a cena de MCs. Eu já sabia quais eram os temas que eu tinha que abordar, por causa de experiências anteriores, eu freqüentava a [festa] Zoeira, em 99, 2000, 2001. O meu primeiro filme passou na Zoeira, cara. Eles pararam a pista de dança, e colocaram o filme de trinta minutos. Eu quase chorei, porque era sagrada a pista, né? A [produtora da festa] Elza Cohen cometeu isso e eu quase tive um infarto. O dj parou pra botarem o filme, e os caras se vendo na tela, foi uma noite meio Cinema Paradiso. É... E porque eu falei isso? Falar ao vivo tem essas coisas, é...

sm: Você tava falando no que era a idéia original do filme e que diante do teu envolvimento com rap, você queria retratar aquele momento ali...
ED: É, porque de 2000 pra cá a coisa mudou bastante. O período de 2000, especificamente, eu acho que é um período quase que utópico assim. Porque depois do estouro dos Racionais MCs, todo mundo achou que podia estourar, sabe? Surgiu uma esperança muito grande dentro das pessoas que fazem o rap. Os Racionais viraram uma referência tremenda pra eles, mas após o Sobrevivendo no Inferno, a energia que fluía ali era muito forte. Todo mundo acreditando que o trabalho ia conseguir atingir mais gente. Que eles iam conseguir uma certa popularidade. E de lá pra cá, muitos não continuam, e muitos continuam ao mesmo tempo. Uma nova cena surgiu por causa das Batalhas do Real e Batalha do Conhecimento, agora. Uma renovação tremenda da cena...

sm: Uns anos depois tem o sucesso do D2, já aqui no Rio, né?
ED: Lógico, o D2 tava no primeiro disco [solo] na época que eu o entrevistei pro primeiro filme. Tava lá no Eu Tiro É Onda, e de lá pra cá ele virou um popstar, consegue fazer propaganda da Brahma com Zeca Pagodinho, tá na propaganda dos pais da Vivo, acho que isso tem que checar, né? Acho que só precisa dizer que é um mega pop star, já é suficiente. É... E aí eu acho que a cena rap se solidificou. Porque a questão do estilo musical, de lá pra cá... eles conseguem produzir as próprias bases, tem uma musicalidade própria no Rio de Janeiro, apesar de existir uma diversidade tremenda. Você escuta um rap que é do Rio e você sabe que é do Rio. Não tem dúvida. Sei lá, pega Marechal, [o extinto] Quinto Andar, De Leve, Inumados, Iky’s tapes, você vai ouvir e dizer: isso é carioca. E isso, eu acho, no Brasil inteiro. O pessoal que curte rap no Brasil inteiro consegue identificar. Então, nesses últimos anos aí, nesses últimos sete anos, oito anos, a musicalidade se firmou aqui no Rio. O rap carioca. E... onde é que eu tava?

sm: E você resolveu fazer esse filme com o Cavi. O que era o filme, e o que ele virou? Tem essa transformação assim?
ED: Claro. Claro, claro. O que era o filme? A gente não sabia, quando foi filmar, a gente não sabia que o nosso corte ia ser o da Lapa. A Lapa surgiu pro filme a partir dos personagens, sabe? A importância... que a gente já sabia da importância, mas tentar organizar o filme espacialmente através da Lapa como cenário era algo que a gente não pensava antes. A gente queria retratar o que a gente julgava interessante tanto do ponto de vista artístico quanto da trajetória. Algumas questões que nos interessavam, por exemplo, a gravação do primeiro disco, os problemas pra você ser MC, sua relação fora do palco, né, relação com família, relação com trabalho. A relação de como você faz pra se tornar um profissional do rap, pra você viver de hip hop. Como é que o rap, como é que algumas pessoas absorvem outros elementos... Aqui no Rio de Janeiro é muito comum você absorver outros elementos musicais pra sua música, o rap já é uma música que pelo uso de sampler e colagem já é uma coisa antropofágica, e aqui no Rio, por ter essa liberdade, eles não tem muito uma regra pré-estabelecida do que eles têm que samplear. As pessoas / toca o celular/interrompe

ED: Os MCs aqui do Rio que eu conheci tem uma formação musical muito ampla./ toca o celular/ interrompe

ED: Bom, os MCs que eu conheci têm uma formação musical muito ampla, bastante ampla, que foge do que a gente poderia chamar de convencional do hip hop, né? Então eu acho que isso acaba se refletindo na música, no uso do sampler. E é isso.

sm: Então vamos entrar no filme mesmo, primeira cena já começa com uma batalha na rua e tem o Airá, O Crespo falando: isso aqui é a rua, é a essência do rap. No meio da rima dele, ele fala isso. Imagino que não seja por acaso e queria que você explicasse porque começar falando que a rua é a essência do rap.
ED: É um bom começo, né? Se você for pensar que começou no Bronx, também, com as festas no meio da rua, não deixa de ser uma referência à origem do hip hop que surgiu nessa cultura de rua mesmo. Quando essas batalhas tavam sendo feitas no meio da rua, elas tavam, de certa maneira, retomando essa origem do hip hop de tentar chegar na população que tá passando, de os caras improvisarem com quem tá no meio da rua. Eu acho que quando o rap surgiu era assim, e essa rima do Airá é perfeita pra introduzir o filme também. Automaticamente eu... O que você pensa quando faz uma pergunta dessas? Você pensa no Bronx e nas festas do Kool Herc e do Grand Master Flash. Eu acho que tem muita coisa pra ser feita no rap do Rio de Janeiro, acho que a história mal começou. E essa cena me remete um pouco a isso. A gente tá aqui no meio da rua, começando... Eles já têm dez anos, o hip hop do Rio de Janeiro tem muito mais de dez anos porque começou nos anos 80, mas essa geração da Zoeira, que é no final dos anos 90, tem dez anos. E eu sinto que eles ainda tão um pouco no início. A energia do pessoal é uma coisa muito assim...
sm: Não lapidada? Bruta nesse sentido de ser trabalhada...
ED: É, é, é... Na verdade tem gente que é muito lapidada, já é um artista, tá a mais de dez anos... Eu digo mais assim em relação a atingir público, sabe? O campo ainda é muito vasto, e em termos de criação o campo é muito vasto também. Acho que eles tão no início ainda. É a pré-história ainda, apesar de ter dez anos, o potencial dessa galera é muito maior do que eles já atingiram até hoje.

sm: Aprofundando um pouco essa pergunta. O Aori vem logo depois no filme e a primeira fala do Aori... Tô falando de montagem, assim... Tem uma recorrência de imagem de ônibus, de câmera acompanhando caminhada de personagem
ED: O cara decupou o filme...
sm: rerrê, o filme reforça essa idéia da Lapa como [ED: Transitoriedade] um espaço de transitoriedade, um espaço de circulação. Aí a pergunta é a seguinte. Em que momento vocês falaram: isso aqui é importante, vamos investir nisso como linguagem, como condução da narrativa?
ED: Cara... A, você já foi na Lapa, e sabe do que o filme tá falando exatamente. E o engraçado é que muitas das conversas que a gente teve foram na Lapa, naquele ambiente, e as imagens que vêm à nossa cabeça quando a gente tá falando com as pessoas ali, o cenário perfeito que ilustra as falas tem essa dinâmica. Muito barulho, ônibus passando, gente falando alto, carros pra todos os lados, muita gente e a gente achou que fosse um recurso bom pra conduzir o filme. To repetindo exatamente o que você falou, porque você fez uma pergunta que você já sabe o que eu tava querendo fazer.

sm: Mas vai além da Lapa. Tem o Iky andando na Glória, tem o Jardim Catarina...
ED: Tem, tem. Todo artista que quer fazer rap tem que ter uma mobilidade, porque o circuito ainda é uma coisa bastante periférica, e as pessoas têm que se locomover onde a cultura tá. E aí, pra gente tentar viabilizar essa idéia de, tanto de produzir como é o caso do Iky, eles têm que buscar o vinil no meio da rua, onde tem vinil. É.../bate a fita/

ED: A preocupação deles... É que nem pastor evangélico, cara. Eles querem levar a palavra deles até o povo. Os caras fazem qualquer coisa pra isso. Essa coisa de cantar no meio da rua, que nem o Airá tava fazendo no meio do filme, eu acho que qualquer um toparia brincando. Não pensaria duas vezes. Tipo, a... lança teu disco no meio da rua. Qualquer um toparia. Então esse recurso de usar eles em constante movimento é também pra induzir a idéia de que as pessoas tão se movimentando, tão correndo atrás dos sonhos de gravar e de levar o trabalho para um público maior.

sm: Mas da primeira idéia que era um panorama da situação do rap dez anos depois da Zoeira, sei lá, você falou que era esse o impulso pra voltar a filmar e foi aí que o Cavi se interessou pelo projeto. Aí, de repente, vira um filme que fala de cidade, sobre o Rio de Janeiro, sobre a Lapa. É... vocês perceberam essa mudança de rumo da gravação? Ou foi uma coisa de montagem, de dentro da ilha de edição?
ED: Cara, a gente percebeu ao longo da filmagem. Quando a gente foi pro Jardim Catarina, foi pro Irajá... Bom, eu já sabia que o rap existe no Rio de Janeiro inteiro e a Lapa serve um pouco como pólo aglutinador para as pessoas que fazem rap no Rio. Mas tem rap na Cidade de Deus, na Baixada toda, rap tem em todos os lugares. Então, quando a gente foi atrás de pessoas no Irajá, de São Gonçalo, de certa maneira isso é um recorte, né? Não é pra contar a história do rap carioca, não tem essa pretensão, mas é um pequeno olhar a partir do que a gente foi se defrontando. A cena do hip hop é muita mais ampla do que a gente mostrou. Por isso quando a gente foi pra outros lugares, não foi uma surpresa pra gente. Pro Irajá... A Lapa serviu apenas pra gente situar o espectador e deixar ele confortável pra construção do filme. Serviu como eixo de narrativa.

sm: E, viajando aqui, teve referência de outros filmes pra pensar a montagem desse?
ED: Foda, cara. Eu vejo muito documentário. Se teve algum, pesquisado, não. Mas se tem algum, eu já não me recordo. Eu vejo documentário pra caramba. Intencionalmente a gente não viu um e aaa..., vamos usar a estrutura de tal filme pra montar, pra usar o espaço em vez de usar o personagem. Isso era uma questão. A gente usou espaço, e tem dois personagens de condutores. No filme, o Funkero e o Chapadão são personagens que conduzem um pouquinho. A gente vai e volta e dá outros aspectos da vida deles fora o artístico, né?

28.6.08

Fora Eurico!


O grande título da temporada, não importa o que venha a acontecer. Vida nova!!!

Vasco, Vasco, Vasco!

26.6.08

Pena: Morre Adriana Pittigliani

Morre A Pitti Do Funk



      Sabe aquela pessoa que nem espera o show começar para dançar e quebrar o gelo da pista de dança? A melhor aliada do dj? Tive poucos contatos com a Pitti, a maior parte deles por email. Nos conhecemos quando eu fui cobrir um show do Diplo aqui no Rio para um frila, e o Sany Pitbull era convidado da noite. Entrevistei os dois, e confesso que estava mais interessado no trabalho do brasileiro do que no do gringo.
      Ao que parece, estava com câncer, e morreu no domingo. Era uma das organizadoras do Carioca Funk Clube, uma experiência de levar o funk para um circuito fora das favelas - o que era motivo de elogios e de críticas ao mesmo tempo. Também era divulgadora e facilitadora do funk lá fora (o que pensando bem não deixa de ser também uma forma de circuito fora das favelas, mas aí livre das críticas).
      A empolgação e o trabalho de Pitti vão fazer falta a determinado pedaço do futuro do funk carioca.

      Fiquei sabendo da morte por aqui.

24.6.08

Entrevista: Rock Steady Freddie, saxtenorista da New York Ska Jazz Band

Ska É Uma Espécie de Rito de Passagem



      Pra começar, ele foi saxofonista do Toasters, e só por isso ele tem que ser respeitado. Mas Rock Steady Freddie, ou Fred Reiter, ainda saiu de uma das melhores bandas de ska e formou a New York Ska Jazz Ensemble. Trata-se de uma reunião não lá muito fixa de músicos novaiorquinos que pegou de volta o caminho dos alunos de uma escola de jazz tradicional da Jamaica que decidiram usar aqueles ensinamentos para tocar uma nova forma de música popular. Eram os anos 60, e aqueles garotos formaram o Skatalites. Pois trinta anos depois, Freddie, ainda no Toasters, arrumou uns amigos para a viagem de volta, naturalmente com a mala mais cheia - partir do ska para os standards de jazz. Há controvérsias, mas tem quem diga que foi a primeira de uma onda de bandas de ska-jazz. E é esse show que passa pelo Brasil essa semana, pra se preparar basta ouvir aqui um pouquinho.
      Mas antes de ouvir, se liga no resto do currículo: estudou o instrumento com Steve Greenfield, do Kool and the Gang, teve banda com o guitarrista Stanley Jordan e acompanhou lendas como Joe Henderson, Ritchie Havens, Philly Joe Jones e Joe Jackson, além de Lou Reed.
      A nossa troca de emails foi mais ou menos assim:

sm: Prezado Senhor,
Sou um jornalista do Rio de Janeiro e gostaria de entrevistar alguém da New York Ska-Jazz Ensemble sobre a turnê deles pelo Brasil. Você me ajudaria a contactar algum deles para que eu escreva algumas perguntas? Eu escrevo em um site chamado www.sobremusica.com.br É em português, mas você pode dar uma olhada, se quiser.
Obrigado,
Bernardo Mortimer

RSF: Oi Bernado,
Eu sou Rock Steady Freddie, o líder da NYSJE. Posso responder as tuas perguntas. Manda ver.
Paz, RSFreddie

sm: (mando as perguntas duas vezes)
RSF: Bernardo,
Vou fazer as tuas perguntas à noite – em algumas horas você recebe. Obrigado, RSF

RSF: Está uma loucura, já que viajamos na quarta. Vou fazer o melhor que puder. Eu anexei uma biografia minha e uma folha sobre NYSJE que vai te dar mais informações, é só conferir. De qualquer forma, aqui vai:

sm: Misturar ska e jazz não é tão comum no Brasil ou na América do Sul, mas você encontra bandas/orquestras que fazem isso na Europa e Estados Unidos. Qual é a história da NYSJE, e quem são vocês?
RSF: Eu sou Rock Steady Freddie, o líder e co-fundador da NYSJE. Em 1994, Rick Faulkner e eu, inspirados pelo Skatalites, juntamos uma banda que buscou empurrar as fronteiras do ska. A gente queria tocar tempos mais rápidos, expandir a harmonia tocada em geral no ska e, principalmente, ficar tranqüilo para improvisar com nossos músicos preferidos. Quinze anos depois, eu sou o único integrante original que restou, mas a minha banda atual é possivelmente uma das melhores formações que já rolaram. Como no início, a gente mistura ska, jazz, rock steady, funk, rock, reggae e o que mais a gente jogar na mistura para criar música dançante e escutável. A banda sempre quis tocar no nível mais alto ao mesmo tempo oferecendo ao público um show animado.

sm: Como vocês se relacionam com outras bandas da cena ska/reggae de Nova Iorque, como o Easy Star-All Star [do Dub Side of the Moon e Radiodread] e o Slackers?RSF: Nós somos amigos de várias outras bandas de ska. O trombonista do Easy Star, Buford O'Sullivan, já fez duas turnês com a NYSJE. E eu já gravei com o Vic Ruggiero, do Slackers, entre várias outras tentativas.

sm: O que você pode contar das gravações do próximo álbum da NYSJE?
RSF: Nosso novo disco, Step Forward, está saindo. Tem composições do trombonista Mark Paquin, do tecladista Earl Appleton, do guitarrista Alberto Tarin e do seu querido RSFreddie. De mais a mais, as influências são variadas e eu acho que as melhores [influências] até hoje, embora o estilo de cada um apareça ali no meio. E ainda tem covers de Mingus, Brubeck e outros grandes do jazz, como sempre.

sm: Um pouco mais de uma década depois de bandas como Sublime e No Doubt terem trazido de volta o ska, você acha que existe uma nova geração de ouvintes ligada ao ritmo, interessada principalmente em ska tradicioanal? Tem a ver com a volta às turnês do Madness, do Skatalites e talvez do Toasters?
RSF: No fim das contas, as pessoas gostam de boa música. É claro que bandas que viajam mantêm o som vivo. Nos EUA, um monte de jovens tem escutado ska, como uma espécie de rito de passagem, então com certeza novos fãs vão sempre se conectar à música. No fim, as melhores bandas e as que ficam unidas são os grupos que dão certo e os que atraem novos fãs.

sm: Quais foram as histórias que o [baixista e produtor] Victor Rice contou a vocês sobre o Brasil? Vocês vão se encontrar em São Paulo [onde ele passa boa parte do ano]? RSF: Eu espero ver Victor Rice no Brasil. Do que eu ouvi, ele ama o povo e a cultura. Antigamente, a gente ensaiava junto.

sm: Você algum dos artistas que vão se apresentar com vocês?
RSF: Tem uma galera com quem a gente deve fazer uma jam no Brasil pela primeira vez. A gente tá ansioso.

      Uma das perguntas que eu mandei ficou sem resposta: “No Brasil, bandas de ska estão acostumadas a lidar com donos de casas e produtores que não sabem o que é ska. Ou que quando dizem que sabem, pensam em algo como o punk-ska californiano, de guitarras distorcidas. Nas viagens que vocês fazem pelo mundo, dá pra falar um pouco sobre a percepção do que é o ska por aí?” Vou tentar perguntar pessoalmente no domingo, dia 29, lá no Odisséia. Ainda tem BNegão, Marcus Paulo Cientista do Digital Dubs e shows de abertura com Coquetel Acapulco e Djangos.

Filme: L.A.P.A, , de Emílio Domingos e Cavi Borges

Rap E Cidade


       Logo na primeira cena do filme, um rimador se identifica enquanto segura o microfone entre meninos parecidos com ele na idade e na indumentária, em frente aos arcos da Lapa, e dispara: “isso aqui é a rua, é a essência do rap”. Está dito, de cara, sobre do que trata L.A.P.A, o documentário de Emílio Domingos e Cavi Borges.
       Foram dois anos de gravações, oitenta horas de material, quatro meses de montagem e um custo de vinte mil reais. De uma idéia inicial sobre a atualização do panorama atual do rap carioca, um pouco mais de dez anos depois do surgimento da festa Zoeira, L.A.P.A acabou ganhando uma abordagem urbanística que descreve os ritmos e improvisos da vida de jovens a fim de rimar para viver.
       O que poderia ser o grande defeito do filme é também o que faz dele um acerto: a polifonia. O documentário poderia ter escolhido seguir o caminho de dois protagonistas ao longo do tempo, acompanhando duas trajetórias distintas a partir de um início comum acordado com o espectador, e ter se dado por satisfeito. Seria uma estratégia estabelecida, conhecida, e com respaldo histórico da escola do Cinema Direto dos anos 60 – escola que pretendia acompanhar um acontecimento definido no tempo com o mínimo de interferência do diretor, aproximando (idealmente) o documentário do fotojornalismo. Nesse caso, a estrutura narrativa estaria definida pela passagem do tempo.
       Mas L.A.P.A. tem o objetivo consciente de ser primeiro um panorama, portanto além de Chapadão e Funkero, os MCs que ainda estão na etapa do vestibular dos duelos de improvisação, ainda estão lá Aori e Iky (além de Babão, Marechal e César Schwenck), que não participam mais de batalhas e já estão em um estágio de trabalhar com música, de construir uma carreira em um circuito ainda alternativo, mas consistente e articulado além do Rio. E estão devidamente enquadrados e creditados os legitimadores do tema, as pessoas famosas que provam que juntar ritmo e poesia na Lapa pode levar além, caso de Marcelo D2, B Negão e Black Alien (não por acaso, os três ex-integrantes do fenômeno "mas sua filha gosta" Planet Hemp).
       A opção por ser tudo isso e dar certo é que a confusão é mais aparente do que é de fato. Ao assistir o documentário; e dar de cara com uma edição cheia de passagens de filas de carro, de vendedores ambulantes, de pontos de ônibus, de muita gente junto, de placas e mesmo de caminhadas pela calçada; a sensação se aproxima da de estar em um bairro igualmente confuso na superfície, mas essencialmente de agitação criativa e social, um bairro que funciona porque se organiza de alguma forma. Emílio e Cavi conseguem transportar em um flow carioca e nada caricato o olhar de quem vê o filme para as diversas pontes do rap que vão sempre cair na Lapa engarrafada. E essas pontes são todas baseadas em transporte público, em ruas asfaltadas ou de terra, em ladeiras e esquinas e buzinas.
       O cientista social, dj e diretor do filme, Emílio, vê L.A.P.A como um retrato do percurso de uma cena cultural que começou com uma festa fundamental para um bairro ainda não revitalizado, que convivia com o abandono e fechamento do Circo Voador, na década passada. “A gente viu que o filme tem uma coisa inicial que é meio cronológica, a gente fala da Zoeira, tem a Batalha do Real, e tem o presente desses personagens. Então todos eles têm pontos em comum. A Zoeira, eu acho que é a origem comum”.
       Não à toa, o primeiro curta do diretor, A Palavra Que Me Leva Além (99/00), que ele prefere chamar de “exercício”, é justamente sobre os quatro elementos do hip hop em um Rio de Janeiro que se encontrava na festa Zoeira. A propósito, um diálogo específico de L.A.P.A entre Marechal, Babão e os diretores lembra justamente esse momento de encontro em que a música passa de individual para uma obra mais coletiva. De qualquer forma, foi com o primeiro filme que Emílio conheceu Cavi e desenvolveu a relação que foi dar na retomada ao tema de agora.
       Ao eleger a cidade como condutora da narrativa, os ruídos entre os discursos e os universos de cada entrevistado ganham também significado, e se resolvem contextualizados na imagem em que Funkero toma uma cerveja de isopor com Marcelo D2, na rua. O que poderia ser uma vontade de valorizar o documentário com um depoimento de um rosto conhecido faz sentido em um bairro lotado de gente passando pra lá e pra cá. As celebridades não são (só) autoridades que explicam o que ou devia ter se contado de outra forma, ou pior, o que já está claro. Elas fazem parte da história que começou na Zoeira.
      L.A.P.A parece ser um filme de rap, mas é também um filme de geografia. Parece ser sobre um rapper leitor de Monteiro Lobato que partiu para rimar sobre vida bandida em bailes funk e está reformando a casa da mãe e um outro que enfrenta o conflito do jovem artista em uma família tradicional de classe média, mas extrapola as questões de Funkero e Chapadão. Ao pular para a geração de Aori e Iky e pular de novo para a de B Negão e D2, mostra uma angústia com a realização pessoal que é comum a todos, embora resolvida com posturas formas e êxitos diferentes.
       O filme já passou pela Mostra Internacional do Filme Etnográfico 2007, onde ganhou a Menção Honrosa do Museu do Folclore, pelo Festival Câmera-Mundo de Roterdã 2008, onde foi eleito pelo público o melhor longa, foi exibido ao ar livre no IguaCine deste ano, o que também rolou na Lapa, entrou na seleção do Festival de Cinema Brasileiro que roda cidades do mundo como Nova Iorque, Miami, Milão e Roma, passou no CCBB no festival CineSul, na Casa de Rui Barbosa, no Mate com Angu, no Tempo Glauber e na Batalha do Conhecimento. Vai ser exibido essa semana no auditório do Globo, e ainda pode entrar em cartaz no circuito comercial, se tudo der certo.

      Daqui a uns dias eu boto aqui a conversa que eu tive com o Emílio...

19.6.08

Festa SM 3 Anos :: João Brasil, Vitor Araújo e Marcelo Callado em "Baranga"


Para assistir em HD, clique aqui

18.6.08

Show: Caetano Veloso e Banda Cê, no Vivo Rio

O Grand Monde de Caetano



       Dona Ivone Lara está na platéia e Caetano chama os novos parceiros de empreitada para combinar o que será a abertura do show, Foram Me Chamar.Alguém me avisou para pisar nesse chão devagarinho.
       Uma música dessas, tão cheia de significados, e uma platéia pronta a interpretar. Caetano não está tão falante, mas o impulso da mola já está dado. Na temporada em que ele criou a dinâmica do que o Bruno chamou de processo, o olhar de Narciso para o espelho é dividido com todos, e todos vêem isso mesmo, Caetano.
       O Vivo Rio é o mais contrastante dos cenários possíveis para a idéia do que um ensaio aberto poderia ser: ao lado do MAM, é formal, distante, pomposo. Os locais de encontro entre a platéia são muitos, ninguém se esconde na multidão ou no escuro. Um convite a mais interpretações, o ensaio que gera o disco em tempos 2.0, a isca para uma classe carioca repercutir o acontecimento, a locação para um futuro dvd.
       Improvisar em cima do tema Caetano é a armadilha que pega quem se dispõe a ir ver Obra em Progresso. Não é uma novidade, nos últimos anos fomos provocados a isso, nos acostumamos, reagimos, nos acostumamos. Ser o espelho nos faz um bocado Narcisos também. Mesmo que apresentemos resistência. O show é bom, afinal.
       E segue pela inédita Falso Leblon, logo o bairro carioca da tv e dos paparazzi, da verdade publicada. Segue por dissonâncias e métricas atravessadas entre ritmo e melodia e riff. Um pouco de Tortoise sem virada, outro tanto de Wilco sem folk. Chega-se a interpretar que a apresentação é tanto de Caetano quanto da recém-batizada Banda Cê. Mas vem o solo de baixo em Desde Que o Samba é Samba, e o foco de luz segue o homem-reflexo até o canto do palco, até o fundo do palco, até onde não haver como fugir. Palmas para Cê, mas nós espelhos somos Caetano e só. Multi-interpretado, mas só.
       É quarta-feira, 11, penúltimo show de uma temporada carioca que ainda não vai terminar.Comentário aqui e ali; é a melhor apresentação até ali. O craque do futebol e das notícias não-esportivas assiste o show e ganha a oferta de Leãozinho, um presente. Alguém, anônimo, grita um pedido por Três Travestis. Caetano recomenda a leitura de um livro sobre gênero e sexualidade no carnaval baiano, pesquisa de um antropólogo americano. Caetano canta Totalmente Demais com o convidado Arnaldo Brandão, lembra como era lindo o menino de 18 anos que conheceu na Londres do exílio. Caetano acabou de cantar Amor Mais Que Discreto, e revelar o que é nítido e sabido. A canção é gay.
       O show é longo, e vai ganhando velocidade no lugar dos rocks estranhos, mesmo que namorados ao samba. Não é o show cheio de insatisfação roqueira de Cê, nem as solenes Noites do Norte. Mas a atenção e reverência quieta é total. Um ou outro momento de empolgação surge, mas sem se espalhar.
       Todos queremos refletir Caetano. Seja lá o que Caetano consegue (e quer) se mostrar agora.


16.6.08

Festa SM 3 Anos :: Valeu!!

Obrigado a todos que foram curtir, tocar, ou simplesmente prestigiaram por mensagens, e-mails, etc. A festa foi realmente incrível. Ficamos muito felizes com o resultado e nos divertimos bastante!!! Quem tiver foto, nos mande. Nós só temos vídeos (hehehe).

Saíremos da ressaca logo e voltaremos com as lembranças dos embalos de sábado à noite...

14.6.08

FESTA SM 3 Anos :: Última chamada!!

MARCELO CALLADO (Do Amor e Banda Cê) e MARCELO "MOMO" FROTA (Fino Coletivo) confirmados na festa de hoje! Show do Seu Chico de ontem foi de dar nos nervos. A festa vai ser foda!

12.6.08

Festa SM 3 Anos :: Reginaldo Rossi convida

Hey! Você! Sim, você!

Agora a coisa ficou definitivamente séria. Já não é mais só a gente que está falando, os jornais, as rádios, os blogs que estão falando. Agora é a lenda, o mito: Reginaldo Rossi. Uma mensagenzinha "pra machucar os coraxxões", como diria o Simonal. Saca só:



Realmente, não se fala em outra coisa. É impressionante.

Festa SOBREMUSICA 3 Anos! Não se fala em outra coisa!

O lugar: CINELAPA
O dia: 14 de junho (sábado)
A hora: a partir das 21h30 (vai ter muuuuita festa!!! Então, chegue cedo!)
O traje: aconselhável vestimentas e espíritos leves.
molezinha: R$ 12 (lista amiga até 1h) R$ 14 (lista após 1h ou filipeta) R$ 16 (normal)

Lembrando que o listaamiga@sobremusica.com.br vai receber os nomes até às 19hs do dia 14. Mas não deixa pra última hora não... Vai logo, lá...

******************
É o Reginaldo quem tá falando. Vai contrariar?!?!?!

Festa SM 3 Anos :: Não se fala em outra coisa

Desde maio, a cidade está inquieta. Como falamos aqui, só queriam saber da festa, da festa, da festa... Então ela foi anunciada e a cidade toda se enfeitou pra ver a festa se armar!

Tá aí! No Globo de hoje! Seu Chico, a banda que o SOBREMUSICA traz ao Rio para os festejos de 3 anos, tira uma onda na capa do Segundo Caderno. A matéria fala da gréia que os caras vão comandar no sábado, no CineLapa. Antes disso, armamos um show pra rapeize tirar onda com os holofotes sobre eles, amanhã na Cinemathèque. Aliás, vamos filmar esse show, que pode/deve vir a ser o primeiro DVD da banda.

Para ver a imagem em alta, clique nela
É o SOBREMUSICA bagunçando por aí...

***********************
Já botou seu nome no listaamiga@sobremusica.com.br ???

***********************
Utilidade pública. Lista amiga do Seu Chico em salvechico@gmail.com ! Manda bala e chega junto pra aparecer no DVD! :P

Festa SM 3 Anos :: Gabriel Thomaz

Mais um camarada querido, Gabriel Thomaz, do Autoramas, vai nos brindar com tostões de seu carisma. Ele é mais um dos convidados da Festa de 3 Anos do Sobremusica... O negócio tá esquentando!!!


Festa SOBREMUSICA 3 Anos! Não se fala em outra coisa!

O lugar
: CINELAPA
O dia: 14 de junho (sábado)
A hora: a partir das 21h30 (vai ter muuuuita festa!!! Então, chegue cedo!)
O traje: aconselhável vestimentas e espíritos leves.
molezinha: R$ 12 (lista amiga até 1h) R$ 14 (lista após 1h ou filipeta) R$ 16 (normal)

Lembrando que o listaamiga@sobremusica.com.br vai receber os nomes até às 19hs do dia 14. Mas não deixa pra última hora não... Vai logo, lá...

11.6.08

Festa SM 3 Anos :: Bernardo Palmeira

Iniciando a série dos convidados que vão participar da noite, o velho parceiro Bernardo Palmeira. E vem muito mais!!!!

Festa SOBREMUSICA 3 Anos! Não se fala em outra coisa!

O lugar: CINELAPA
O dia: 14 de junho (sábado)
A hora: a partir das 21h30 (vai ter muuuuita festa!!! Então, chegue cedo!)
O traje: aconselhável vestimentas e espíritos leves.
molezinha: R$ 12 (lista amiga até 1h) R$ 14 (lista após 1h ou filipeta) R$ 16 (normal)

listaamiga@sobremusica.com.br vai receber os nomes até às 19hs do dia 14.

10.6.08

Festa SM 3 Anos :: Seu Chico

Completando a escalação principal da festa, SEU CHICO! A gente já falou deles por aqui e eles são muito bem vindos para comandar a gréia, nesta estréia carioca! Os caras vão ser os responsáveis por manter o baile animado e vão receber vários convidados ao longo da noite!!!



Festa SOBREMUSICA 3 Anos! Não se fala em outra coisa!

O lugar: CINELAPA
O dia: 14 de junho (sábado)
A hora: a partir das 21h30 (vai ter muuuuita festa!!! Então, chegue cedo!)
O traje: aconselhável vestimentas e espíritos leves.
molezinha: R$ 12 (lista amiga até 1h) R$ 14 (lista após 1h ou filipeta) R$ 16 (normal)A lista amiga já está bombando, digo, rolando!!!
listaamiga@sobremusica.com.br e vai receber os nomes até às 19hs do dia 14.

****************
Aliás, aproveitando, esclarecemos que não se trata de um "festival", e sim de uma festa. Nenhum dos artistas relacionados para a festa fará seus shows completos. O clima é de jam session, encontros, bagunças, sorrisos e safadeza.

Quem se interessar, Seu Chico toca na sexta, na Cinemathèque (lista amiga em salvechico@gmail.com) e o Vitor Araújo se apresenta domingo, no Planetário. Ambos recomendadíssimos!

7.6.08

Festchenha sobremusica 3 Anos

E a Filipeta...

6.6.08

Festa SM 3 Anos :: Whorehouse in Brazil (estréia mundial!)


O Whorehouse in Brazil é mais uma atração confirmada para a festa de 3 anos do SOBREMUSICA! Ainda vem mais por aí... O novo projeto da lenda-mito, João Brasil, traz uma outra onda do cara. Conta aí, João...

sobremusica: João, diz aê o que é esse tal Whorehouse in Brazil?

João Brasil/Whorehouse In Brazil: É um projeto destinado a tocar os mashups feitos por mim. Vou misturar"ao vivo" coisas divertidas como Titãs, Madonna, Funk carioca, Michael Jackson e muito mais! Vou tocar com um laptop + 2 controladores e uma MPC turbinada! Talvez cante alguma coisa minha no meio dessa salada! Hahahah!

sm: Quais as principais diferenças para o seu show tradicional?Por que um novo projeto agora?

JB/WIB: Na verdade, o meu show tradicional vai começar a brincar com essas intervenções também! Estou querendo unir as duas coisas! Vou ver e experimentar na Festa do SOBREMUSICA o que poderá ser o meu show daqui para frente!

sm: Qual a música que não pode faltar nesta noite do dia 14?

JB/WIB: Meu mashup "Som de Marvin" (Som de preto + Marvin Gaye)

sm: Aproveita a chance e faz sua declaração de amor ao SOBREMUSICA

JB/WIB: O SOBREMUSICA é do caralho!!! O Bruno e o Bernardo malham comigo e já estão colocando 150 kg no leg press. Além de terem pernas fortinhas, eles escrevem muito bem!

Dito isso...

O lugar: CINELAPA
O dia: 14 de junho (sábado)
A hora: a partir das 21h30 (muuuuita festa!!! chega cedo!)
O traje: aconselhável vestimentas e espíritos leves.
molezinha: R$ 12 (lista amiga até 1h) R$ 14 (lista após 1h ou filipeta) R$ 16 (normal)


A lista amiga já está rolando! listaamiga@sobremusica.com.br

*Amigos, um dos lemas da festa é "Vip é o caralho!" Divulguem esse ideal.

Caetano Veloso :: Obra em progresso

A era do durante

Uma das principais mudanças de hábito, pós-revolução digital, que se viu naqueles que vivem mais intensamente a relação com a música, passa além da velha discussão sobre baixar-de-graça ou pagar-pra-ter e se concentra no processo da obra. Nessa “nova era”, não é a arte gráfica, a capa, o encarte do disco vindouro, quiçá nem o nome, que suscitam a imaginação. Chegou-se a achar - eu entre estes - que os websites dos artistas tomariam tal papel, mas cada vez mais, eles são apenas um portal de redirecionamento para os profiles nas diversas comunidades. Quando se nota que a discussão em torno de “qual vai ser a estratégia de lançamento o próximo disco do XYWZ?” bomba nos blogs ou quando lê-se que um DVD sem um “making-of” é considerado “pobre”, nota-se a demanda desenfreada pelo tal processo. Sabe aquele papo de que “o melhor da festa é esperar por ela”, ou que "o viajar já é mais que a viagem”? Então, é isso, misturado com um pouco de voyeurismo.

Caetano Veloso anda dizendo por aí que está em uma temporada no Rio de Janeiro de preparação para o seu próximo trabalho. Mentira, papinho, isca. Esse já é o seu próximo trabalho. O clima de making-of que se vê na apresentação do cantor é o grande atrativo. Um “making of ao vivo”, real time. O produto final disso tudo pouco importa. Será que vai ter produto final? E se tiver, esse produto será o ‘making of ao quadrado’, o making of do making of. Não dá pra ser mais moderno do que isso.

Caetano discorre sobre política, sobre o jogador e seus travecos, comunica o placar do jogo, e toca. A casa de shows é um grande salão. E não venham dizer que o Caetano está falando muito, está sendo evasivo, ou que começa um assunto e não o encerra, em meio a seus devaneios. Por favor, não. É justamente esse o barato da história. O que mais estimula o público nesse espetáculo é estar na sala da casa conversando sobre Obama e Hillary com Caê. Deixa ele falar, deixa ele se perder, não peça pra ele se encontrar.

Quem não foi ver ainda, pode acompanhar os resumos de cada capítulo dessa novela nos dias seguintes, pelos jornais. Afinal, tudo que Caetano fala vira pauta, vira assunto, vira bafafá, vira novidade, vira até tendência. Para potencializar essa história toda, foi criado o site Obra em Progresso, para que se possa acompanhar tudo bem de perto e rápido em qualquer lugar do planeta. Na verdade não é um site, é um blog. Lógico.

Este blog já é uma versão beta (que, claro, nunca vira alfa) do “making-of do making-of da obra”. É a própria continuidade da obra, uma parte intrínsseca da mesma. Nele, Caetano já explicou suas intenções, justificou a presença de Teresa Cristina no show que viria, disse que pensa em gravar uma “antologia da axé music”, enquanto faz o show de rock e pensa no transsamba. No texto de apresentação do projeto, Hermano Vianna fala muito bem disso, cita uma entrevista de Brian Eno para a Wired (que também fala desse mesmo papo) e diz que Caetano não pensou em nada disso pra fazer o que está fazendo. Ele só queria passar mais tempo no Rio.

E isso de desmascarar as supostas mil-e-uma intenções de um artista durante o ato de criar é um dos maiores baratos dessa história toda. E da história toda. Loading, loading, loading...

4.6.08

Aleatório #49

Então, tentando voltar ao hábito (que nunca tive) de postar os links do Aleatório, vamos com a viagem desta última semana.

Aleatório #49 - (clique aqui para ouvir).

Jonas Sá - Looking for joy
The dead lovers' twisted hearts - No more dramas
Vanguart - Para abrir os olhos
Vanguart - Medo da chuva
Thalma de Freitas - Cordeiro de Nanã
Thalma de Freitas - Não foi em vão (a capella)
Orquestra Imperial - Não foi em vão
Anelis Assumpção - Como é gostoso
Laércio de Freitas - Rapaz de bem
Moacir Santos - Coisa 9 Dia de Festa
Jessé Sadoc - Up jumped spring
Ed Motta - Colombina (Acústico)
Noarmusic - Strausmania

Exposição :: Beatles - A aventura final

A NME publicou essas fotos são da exposição "Two days in life", que está rolando até 4 de julho em Londres. São imagens feitas na última sessão fotográfica com os quatro rapazes juntos, em 1968, dois dias depois de Paul & John terem acabado de escrever "Hey Jude". Dá pra imaginar a quantas andava a mente criativa desse coletivo de gênios que o acaso fez se encontrarem naquela ilha. Como já disseram por aí, essa história foi, sem dúvidas, "uma das maiores aventuras do século XX".

Pra mim, é a quase uma fábula.

********************
As fotos são de Tom Murray.

3.6.08

Festa :: SOBREMUSICA 3 Anos!!!

Tá aí o que vocês queriam!

O dia: 14 de junho (sáb)
A hora: a partir das 21h30 (é isso mesmo, muita festa, então chega cedo pra aproveitar bastante!!!)
O lugar: CineLapa!!!!
O espírito: Pronto pra dançar e nunca mais se esquecer!


Os convidados vão ser muitos! Vamos confirmando aos poucos ao longo dos dias. Para começar, o primeiro vem direto de Pernambuco. É esse monstro aí.


A filipeta e os outros nomes vêm já, já. Mas, na boa, já pode reservar na tua agenda.

Voltando...

Rapeize bonita que lê esse site... Desculpe pela ausência. O bicho tá pegando por esses dias. Muitas novidades que podem estar (assim mesmo, no gerúndio) pintando. Vamos voltar à ativa e a primeira tarefa é responder a pergunta que não quer calar:

E a festa do SOBREMUSICA?!?!?!?!


Enfim, a casa própria
Perda :: Dorival Caymmi
Dorival Caymmi :: Compilação de vídeos
Show: Momo, no Cinemathèque
Site:: OEsquema
Agenda :: Momo, Hoje!
Aviso: Última Digital Dubs na Matriz
Entrevista: Fabrício Ofuji, produtor do Móveis Col...
Vídeo: Reckoner, de Gnarls Barkley
Vídeo: L'Espoir des Favelas, de Rim'K

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