Show: Repercussão do Abril Pro Rock
In ou Dependência? E É Isso Que Importa?A cobertura da Folha de São Paulo para o Abril Pro Rock voltou com a tal discussão sobre o patrocínio de empresas públicas para atividades culturais independentes. A discussão é um tanto emprestada das críticas que se fazem ao modelo de fomento ao cinema nacional: é justo ter dinheiro de impostos sustentando o que não se sustenta por si?
Na minha modesta opinião, a pergunta é um tanto quanto cretina, ainda mais no caso da Petrobras (que é pública mas tem capital aberto, atuação internacional, etc). Mas vamos deixar minha opinião de lado e ouvir dois envolvidos na situação.
No podcast do Bruno Nogueira, ele que foi assessor do Abril Pro Rock critica o papo meio "crítica pronta" de quem nem se dá ao trabalho de conhecer as bandas de que fala mal.
No podcast do Terron, Evangelista e José Flávio, o convidado dos caras é o Thiago, repórter da Folha que detonou o acalorado debate, é bom dizer, em sua coluna. Não em uma reportagem.
Tire a própria conclusão.
1 Opine:
Esse papo tá longe de ter uma conclusão de certo e errado, né... Realmente o comportamento de alguns membros da Abrafin é esquisito (vide o palco da entidade na Virada Cultural, coberto de bandas dos membros da Abrafin). Pra mim, uma outra questão é o quanto os 'empreendedores' desse cenário estão interessados em fomentar a cena musical de forma mais abrangente e não apenas a cena na qual eles podem tocar com suas bandas e que fala com tão poucos.
E a sobre a dependência dos incentivos fiscais, isso é uma merda, mas é uma circunstância que não se tem como fugir. Ainda assim, a arte é importante e as políticas culturas são fundamentais nesse sentido. A criação desse aparato de incentivos também é consequencia das crescentes iniciativas de coletivos. A própria Abrafin passa por isso. As pessoas se organizam nas suas áreas e estão conseguindo fazer com que o governo seja um pouco mais efetivo.
E no fim, as críticas do Thiago Ney na Folha podem até soar bobas (talvez até sejam), mas é importante que existam para que ninguém se esqueça de que essa questão existe e não pode ser ignorada, nem perdida de vista.
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