Egotrip pura
O chappa Raul Mourão (de novo ele!) sempre toca na questão de que ter um blog de música é bacana, mas que é importante conseguir ganhar dinheiro com o nosso trabalho. "Aliás, esse é um mal da sua geração. Tudo em troca de visibilidade e dinheiro que é bom...". Concordo em gênero-número-e-grau, mas isso é papo pra outra hora. O fato é que além do bom e velho faz-me-rir, há outras coisas tão (ou mais) importantes quanto isso, que são os encontros. O próprio Raul foi um desses momentos especiais. Essa sempre foi a grande motivação do SOBREMUSICA, mais do que propriamente fazer dinheiro. E olhando por esse viés, somos bem-sucedidos bagarai!!!!
Um dos últimos grandes momentos foram os recentes papos com o ídolo-guru Maurício Valladares. Sujeito do bem, vascaíno (lógico!), que já embalou muitas noites e aulas musicais ao longo da estrada. Entre as coisas que conversamos recentemente esteve o meu testemunho sobre a primeira vez que o encontrei. Eram idos de 1998, Copa da França. Estava para chegar aos 16. No fim-de-semana em que o Brasil ganhou do Chile, 4x1, oitavas-de-final, eu tinha ganhado uma promoção bizarra do "Planeta Globo", suplemento adolescente da época, para ir assistir um show da turnê do Biquini Cavadão. Para a empreitada, recebi dois rolos de filme 36 poses. Ao retornar pro Rio, entreguei os rolos pra alguém e depois de revelados fui convidado pela BMG (gravadora dos caras) para ir até a sede na Praia do Flamengo buscá-los "de presente". Depois de receber as tais fotos e os negativos, alguém do departamento de Promoções virou e disse:
- Vem aqui que eu vou te apresentar uma lenda.
Pelos corredores empanturrados de cds (tempos idos...), cheguei até a saleta e o rapaz sentenciou: "Maurício Valladares! O homem por trás do rock brasileiro!". Na época eu tinha poucas informações, mas já era fã dos Paralamas, já tinha lido aquele nome em várias capas de discos e cds. Não sabia o quão, mas sabia que era alguém muito importante, afinal aquele nome já tinha peso nas linhas da minha memória.
Apertei-lhe a mão timidamente. Fui apresentado como o ganhador de uma promoção e talz... Nada além do protocolo. O tempo passou, iniciei-me no processo roNcador, até chegar ao instante sublime que vocês podem ver no final desse texto.
Putaqueparile! Cheers!
0 Opine:
Postar um comentário
<< Home