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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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13.6.07

Em Estúdio: Nervoso e os Calmantes

A Tranqüilidade Dele


      Não tem mais essa de jovem guarda do século XXI, embora a voz ainda seja aquela, anasalada, colocada, sincera, chegando perto à de certo Roberto. O disco ainda não está pronto, deve se chamar Nervoso e os Calmantes, e vai ser a chance de mostrar que os rótulos do primeiro disco, além da jovem guarda tinha o de querer parecer Los Hermanos, não davam conta de tudo o que tem para dizer. “Quero gravar mais e mais discos, esvaziar a cabeça, que tá pesando”. Dessa vez, entram em cena muitos efeitos de guitarra, mais programações disparadas pelo teclado, e participações várias de amigos e nomes próximos. Até nas composições, a variedade marca presença, a começar pela participação maior da banda (que se você reparou, assina junto o trabalho, agora). É mais relaxado e menos desconfiado, sem que isso seja melhor ou pior, que Nervoso conduz esse novo trabalho. Prepare-se porque não dá para não notar a diferença.

      É esse o Nervoso que me oferece carona para o primeiro de três dias acompanhando a mixagem do segundo disco dele. “É o disco em que eu to experimentando tudo que eu sempre quis fazer... Quarteto de cordas, piano de cauda. Tudo dentro das possibilidades, e pra ver se o que eu quero em casa funciona mesmo”. O piano de caudas, por exemplo, foi o único elemento gravado fora do estúdio Soma-Rio, no AR, os dois na mesma região tranqüila e arborizada de ladeiras do Jardim Botânico, na zona sul do Rio. Sentado em frente ao instrumento, Lafayette, o mesmo da jovem guarda e do projeto de baile dos Tremendões, que reúne além de Nervoso, Renatinho e Marcelo do Canastra, Érika Martins, Gabriel do Autoramas e Melvin do Carbona.
      Ainda dentro do carro, Nervoso fala das tentativas de abordar Zé Ramalho para declamar um trecho da Canção do Vento – parceria com Bernardo Vilhena e uma das quatro faixas-demo disponíveis no myspace, que farão parte do disco em versões retrabalhadas. Quase todas tiveram o bpm (batidas por minuto, a medida do andamento da música) reduzido. O Bob Dylan da Paraíba não respondeu às cartas deixadas na portaria do prédio, depois que uma rede de contatos apurou o endereço correto.
      Chegando ao estúdio, começo a saber da boca de Nervoso como funciona a parceria que permitiu a gravação e agora a mixagem do disco, em um esquema confortável. “O clima tá bem solto, os caras se revezam e vão pegando as músicas na medida em que o ouvido vai pedindo e cansando. Eu fico ali de prancheta na mão, pra ter alguma organização.” Os caras são os quatro sócios do estúdio. As histórias vão surgindo emendadas uma na outra, o que - é claro – vem da empolgação com o momento.


      No dia 23 de dezembro do ano passado, o que existiam eram várias músicas prontas, algumas já sendo apresentadas ao vivo, inclusive. Perspectiva de virarem um álbum, não havia. “Não penso em formato disco. Vou pensando as músicas”. Daí, numa bela noite, saindo do Baixo Gávea, Nervoso dá de cara com Guilherme Vaz.
      Morango, como é conhecido, tinha esbarrado com Nervoso pela primeira vez há dez anos, na Inglaterra, quando os dois cruzavam a Europa de mochila nas costas. Voltaram, e Guilherme montou um estúdio em Santa Teresa, no Centro do Rio. Nervoso até foi chamado pra trabalhar lá, mas as mesas de mixagem ainda não despertavam tanta curiosidade assim. O estúdio durou tempo suficiente para levar Guilherme para Berklee, nos EUA, onde estudou engenharia de som. Voltou de novo ao Rio, depois de sete anos, com uma mesa Neve Broadcast debaixo do braço. O equipamento estava abandonado, debaixo de uma mesa bem mais vagabunda em uma tv de Boston, e foi comprada por um preço irrisório. De suporte na estação de tv americana, virou a base do Soma-Rio, com três outros sócios. Quem fala da mesa não usa outra palavra que não preciosidade.
      No Baixo Gávea, Guilherme pegou Nervoso de saída, mas insistiu e foram tomar um chopp. “Há quanto tempo?” pra lá, “o que você tem feito?” pra cá, e Guilherme perguntou: já tem repertório pronto pra ir fazer o disco lá com a gente? Marcaram de começar as gravações quarenta dias depois. “A gente chegou aqui dia 5 de fevereiro, 9 da manhã, como combinado. Com tudo pré-produzido, ensaiado. De gravação, foram duas semanas, a mixagem é que leva mais tempo”.
      O estúdio, a mesa Neve, e até o dedo e ouvido dos quatro sócios são elementos que Nervoso acha decisivos para a qualidade desse trabalho em reta final de gestação. “Na verdade, eu queria um porto seguro para gravar, que eu não tive no primeiro [disco]. Essa parceria com o Soma é um pequeno sonho: o disco é deles, não tem distanciamento. Cederam instrumento, participaram da logística”. No Saudade das Minhas Lembranças, a gravação foi sendo feita em etapas. Agora, não. “A diferença maior vai ser a unidade de som que existiu agora, por ter sido feito mais em um lugar só. Depois do primeiro disco, meu interesse em estúdio cresceu. Eu nunca estudei engenharia de som, que nem o Alê [de Morais, guitarrista do Psicoativos e um dos sócios]. Músico precisa... É que nem oficina de carro, se não entender um pouco daquilo, o mecânico vai e te engana”.
      A idéia de dominar o estúdio é mais do que uma preocupação com o resultado final da própria obra, de levar trabalho pra casa e experimentar no equipamento que tem. “Eu faço trilhas, em parceria com o [baixista gaúcho] Flu. Temos uma produtora, a gente passa trabalho de um pro outro, faz junto... E o sonho é ter um estúdio. É o de todo músico, né?”



      Nervoso chega dentro da sala de mixagem com uma garrafa d’água na mão de dois litros. Senta-se. Levanta-se. Oferece alguma coisa do bar, se senta de novo, se lembra de um cd de plug ins que trouxe, levanta e pega, oferece para Alê, se senta de novo.
      Alê já tinha chegado, está no início do trabalho em Teimosia. Nervoso ouve um pouco, e começa a discutir uma primeira idéia de arranjo. A bateria é reta, dançante, e a música tem momentos que soam a Franz Ferdinand enquanto os filtros da guitarra não se definem. Nesse primeiro momento, ela ainda pode virar qualquer coisa. Os teclados têm um timbre oitentista, eu penso em New Order, uma idéia que já tinha me passado pela cabeça no showzinho da banda naquela mesma semana. Pergunto sobre a referência, e Nervoso se surpreende: “É mesmo? Pô, adoro New Order”...
      Na medida em que a música vai sendo recomposta, ou seja, em que vão sendo adicionados os diferentes elementos com os volumes, filtros e dinâmicas adequados, a interpretação vai se construindo. Em determinado momento, a frase do teclado e a da guitarra disputam quem deve ir para o primeiro plano. Nervoso quer a guitarra à frente, Alê tinha pensado em deixar as notas longas do teclado. Ouve-se de um jeito, de outro, ajustam-se os filtros de cada uma. Até que o ouvido cansa.
      Quem já editou vídeos, música, ou mesmo quem escreve textos longos, sabe que arejar os sentidos é fundamental para perceber melhor para onde está indo o trabalho. Depois de várias repetições, os detalhes somem aos olhos/ouvidos, e arte depende muito do arranjo das pequenas coisas, da construção do que pode ser chamado, mais amplamente, do ambiente para o recado que se quer passar, seja ele estético, político, existencial ou meramente de diversão.
      É a vez de trabalhar no trompete de Fernando Oliveira, da banda irmã Canastra. O sopro é aveludado, fechado, e bonito. Parece que usa uma surdina, mas dá para perceber que só parece. Começa uma discussão sobre jazz, e sobre como são bons os discos que se abrem para parcerias fora do próprio universo, como Doo Bop e Chaka Kan, de Miles Davis. Lembramos da parceria nunca estabelecida entre o jazzista e Jimi Hendrix. Falamos de histórias das biografias de Max Roach, Charlie Parker, e do próprio Miles. Alê lembra das dinâmicas dos naipes, que tocam muito alto ou muito baixo sempre muito coordenadamente, em um entrosamento que dá certa raiva. Raiva no sentido de admiração, claro. A discussão vai além, e mais do que um intervalo nos trabalhos, pode ser parte de novas abordagens na mixagem do material. Alê está com a palavra dinâmica na cabeça, e ela certamente estará de alguma forma no resultado final do disco.
      Hora de acrescentar a voz em Teimosia. Ouvimos um pouco, paramos e vamos conversar lá fora. Quando essa música ficar pronta, será a quinta, de um disco com quatorze faixas (uma instrumental) e vinhetas. Todas já foram mexidas, pelo menos um pouco, e de gravação, só falta mesmo saber se Donatinho vai cumprir a promessa e gravar um piano para a caribenha Eu Que Não Estou Mais Aqui – que já tem a participação do percussionista francês Stephanne San Juan, com passagens por Amadou et Mariam, Orquestra Imperial e Kassin +2.
      Nervoso fala como está gostando de fazer o disco, e da participação da banda no processo. Em Saudade das Minhas Lembranças, a banda era de apoio, praticamente. Hoje, ela assina junto o trabalho, não é só Nervoso mas Nervoso e os Calmantes, a idéia do nome é de Tavinho Paes. “Eu quero mais é ver gente gritando o nome do Benjão, no show, dizendo que o Kiko é lindo, rarrá”. O guitarrista Benjão tem duas composições no disco, Despertar e Eu Que Não Estou Mais Aqui. Os arranjos têm o dedo de todos. Além do mais, batizar a banda permite que Nervoso tenha trabalhos-solo com o nome artístico dele, sem precisar recorrer a outra assinatura.


      Voltamos para dentro, e como Teimosia não está pronta, é hora de ouvir o que já está. Bloco Neguinho, por exemplo, é velha conhecida de quem acompanhou a trajetória do Carne de Segunda (uma banda que ainda vai ser cultuada como o Acabou la Tequila, mas eu falo disso em outra hora). Só que saiu um pouco o clima de carnaval Osmar e Dodô via Novos Baianos, e entrou uma levada bem Superstition de Stevie Wonder. A voz de Nervoso na música também tem uma graça meio inusitada, mas se segura na ironia e não cai no deboche. (Enquanto escrevia o texto, fiquei sabendo que a faixa não estará mais no disco, será usada de uma forma ainda a ser definida).
      Eu Que Não Estou Mais Aqui estava pronta até ser mostrada a Donatinho, que ouviu, gostou, e se convidou. È mais uma que reforça o clima de baile que parece estar presente no disco. Pergunto para Nervoso se ele tem isso em mente mesmo, assumir o Acabou la Tequila (ex-banda dele) e o Carne de Segunda como referência, no sentido de se propor uma unidade mesmo que experimentando linguagens tão diferentes como o Caribe, a Motown e Air. Ele pára, reclama da pergunta, que baile pressupõe uma unidade de ritmo, ao contrário da onda das duas bandas, justamente reprocessar a referência do Mano Negra (ex-banda do Manu Chao), tudo do mundo junto com música brasileira ainda por cima. Mas vai lá e conclui: “As músicas funcionam. É a solução que a gente tem para não ser banda de escritório. Os caras nunca seriam que nem Ramones [no sentido de manter uma fórmula mesmo que muito boa ao longo da carreira]. Por isso que eu saí das outras bandas, onde eu tocava bateria. Tirando o Tequila, eu tenho certeza que eu ia continuar fazendo a mesma coisa um tempão.”
      Universo Vocacional é um delírio sobre nuvens que acerta as contas com as passagens de Nervoso por trabalhos de escritório. Literalmente. No caso dele, em redação. Tudo começa meio suspenso, no ar, até entrar em pura psicodelia meio Beatles, meio Mutantes. A temática do mundo corporativo veio de um sonho, foi acordar e escrever. A letra é cínica, algo ingênua se não percebida com a devida atenção. Longa, é para mergulhar no mundo da anestesia das fugas para a máquina de café, e dos sapos que pulam direto para dentro do esôfago, para só sair como um sorriso amarelo de funcionário do mês.
      Por fim, Despertar é outra viagem, etérea mas não psicodélica. O tema é repetido ad infinitum, com timbres que lembram discos anteriores da dupla francesa Air. Até que se chega ao clímax de um lalalá (até então a música era só instrumental) com jeito meio Azymuth meio orquestra de Ray Conniff. Não dá para não se surpreender com a virada.
      Ouvir quatro músicas, e uma quinta em edição, dificulta o trabalho de perceber o que será do disco inteiro, mesmo que conhecendo a demo e tendo assistido ao show de pré-lançamento (que ainda testa repertório até o segundo semestre, quando o disco deve ir para as prateleiras de lojas e de downloads).
      O que dá para perceber é que o espectro de referências mais do que mudar, aumentou. Ainda estão lá Tom Waits e Roberto Carlos, mas tem também, ou pelo menos mais claramente, Wilco, novo rock e trilhas sonoras. A parceria com o Canastra aparece em Jogo de Tabuleiros, que tem a letra toda baseada em jargões da banda do também ex-Tequila Renato.
      Mas se em Saudade... as letras apontavam para uma reafirmação de escolhas, uma virada na vida (pense em “Enquanto isso estou trancado/Sentindo a dor de quem vai desistir/E ser feliz em outra vida/Sem mais ninguém”, só para citar a minha preferida do disco, Maus Limites), agora o momento é de mais serenidade. Se for para ser injusto e escolher um pedaço de letra que sintetize tudo, eu ficaria com “Sei que minha ex-esposa a incomoda/E que meu filho é tudo que mais me importa/Mas meu amor saiba que dou valor a tudo que você representa para mim”. O eu-lírico, digamos assim, não é mais um cara decidido apesar de um percurso incerto e desconhecido demais. A coragem daquele David frente a um Golias do que vem à frente dá espaço a um cara mais consciente do caminho e do caminhão, quer dizer, do como caminhar. Os obstáculos são vários, mas a realização é a de percorrer a estrada, e isso está assumido nas escolhas que compõem o que será o disco.


      Na minha segunda ida ao estúdio, não fico muito tempo. Nervoso chegou com discos do Pogues, do Squirrel Nut Zippers, do Brian Setzer, do Pixies e dois do Wilco. São possíveis referências para que a dupla à frente da mesa saiba estar falando a mesma língua. Agora, só faltam quatro músicas. O prazo inicial de mixagem está esgotado, e ele comenta que acha que já está na hora mesmo de acabar. Mas sem acelerar. O cuidado com o resultado ainda é, naturalmente a prioridade, e isso aparece na fala o tempo todo. Alê está atrasado, e nessa reta final de mixagem, qualquer meia horinha perdida é uma preocupação. E mais, dentro de quarenta minutos, Nervoso vai levar o filho à escola.
      Ainda é Teimosia a música sendo trabalhada. A guitarra, a voz, o trompete, tudo já está em cima da cama de baixo, bateria e teclado, e é justamente a hora de ajeitar os timbres enquanto se ouve a música completa. A questão da guitarra x teclado lá do primeiro dia ainda está em desenvolvimento. A guitarra está em primeiro plano, mas os filtros que vão ser jogados em cima dela ainda estão sendo mexidos. E é aquilo, ouvir, ouvir, e ouvir de novo para ir achando o que agrada e o que incomoda.


      É na minha terceira ida ao estúdio que vejo os discos de referência que Nervoso levou serem utilizados. Ele pega o Being There, do Wilco, e escolhe Say You Miss Me, para mostrar para o Alê. Quer em O Grande Herói a mesma bateria cheia de sala, ou seja, reverb, ressonância. Como se o instrumento fosse tocado em um lugar fechado, em que os harmônicos (principalmente de caixa e pratos) ecoam por mais tempo. “Sobram”, como se diz. A música que fala de paternidade, e do aprendizado que é repetir os ensinamentos que ganhou sem repetir erros, deve ganhar um tratamento para ganhar um tom de rock de arena.
      A música é de Nervoso, e é mais uma das que indicam o tal caminho da serenidade para que esse disco aponta. Ainda passando pelo tema da infância, uma das músicas do repertório terá o coro de três crianças, os filhos do próprio, de Sérgio Martins (baterista) e de Kiko Ramos (baixista). Uma Simples Questão é uma visão sobre o unilateralismo a partir das crianças. Um recado a bin Laden e Bush, que conta com a parceria de Nina Becker na autoria e na cantoria, por assim dizer. Ela também toca kazu, um instrumentinho de sopro que contribui para o clima.
      Nina canta também em Kit Homem, uma das quatro disponíveis no myspace em versão demo, portanto ainda sem ela.
      Outra música da demo é A Canção do Vento, parceria com Bernardo Vilhena. Aliás, o trabalho com Vilhena costuma ser a única ocasião em que Nervoso parte de uma letra para fazer a música. E nesse caso, a letra saiu no pau: “foi um dia na casa dele, ele em pé, com um copo de caipirinha na mão, mandando eu anotar idéias, e tal. E foi uma [idéia] atrás da outra”.
      A mesma dupla compôs A Minha Saudade, a música em que participa Lafayette, e uma das três a ter um quarteto de cordas regido pelo professor de harmonia de Nervoso, Rodrigo Russano. As outras duas são Candidato a Amigo (aliás, também na demo) e o tema instrumental Antes, de autoria do tecladista Alberto.
      A composição é parte muito importante do trabalho de Nervoso, e ver que agora ele experimenta mais parcerias é a mostra de que a cabeça dele está aberta. Voltando à comparação com o disco anterior, o que ali há de urgência, agora – tudo indica – há de generosidade sem perder concentração. Afinal, quando escreve, ainda há a característica da “observação da minha vida, e da vida dos outros”, como ele mesmo diz.
      O legal de conversar com Nervoso é ver que mesmo tendo feito um primeiro disco muito bom, que esgotou a tiragem pelo selo midsummer madness e vendeu umas quatro vezes essa quantidade ao ser lançado em versão remix, e mesmo estando nos últimos ajustes para o segundo álbum, ainda resta tempo para projetos futuros. Talvez pela proximidade com Vilhena, que recentemente participou da montagem de uma ópera em homenagem a Oswaldo Cruz, Nervoso também pensa em se aproximar do formato: “é um sonho lançar uma ópera instrumental, com um tema que vá e volte, tudo ligado como se fosse uma música só”. Paro e pergunto se ele viu o show do Daft Punk no ano passado, quando apresentaram uma “ópera” em que faziam mashups deles mesmos. Quis saber se o que ele pensa já não é contemplado, de alguma forma, pela música eletrônica de que ele vem se aproximando... “É, muito legal essa coisa do Daft Punk, até porque supera a coisa do show e do disco. Não é uma coisa só. Em show tudo pode acontecer. Do primeiro disco para cá, sem exagero, não tem nenhuma música que não tenha mudado, pelo menos um detalhezinho”. Entre aquele momento e agora, fora a mudança de baterista (a entrada de Sérgio), passou a existir um forte elemento eletrônico, com forte uso de samples. Isso, claro, já falando dos shows. Que, enquanto o disco não sai – e nem a data e nem a forma como isso vai acontecer estão certas – é a única chance de ver o que será desse Nervoso e os Calmantes. Pelo menos por enquanto.

foto: Zé Maria Palmieri

foto: Zé Maria Palmieri

7 Opine:

At 00:48, Blogger Bruno Maia said...

Bíblia!!!
Grande cobertura! Outro golaço.

Mas e ai? O disco??? Curtiu? heheheh
abs

 
At 13:10, Blogger Renato said...

Parabéns pelo seu blog que é ótimo, e parabéns pelo post.

Sempre esqueço de comentar, mas um post desses merece ao menos um comentário!

=)

 
At 17:42, Anonymous Anônimo said...

valeu, Bernardo, pela cobertura e testemunho detalhista dos tres dias em que você esteve com agente. Um grande abraço e até a próxima!

 
At 16:36, Anonymous Anônimo said...

Baita blog parabens!

 
At 19:24, Blogger Joca Vidal said...

boa!

ansioso para ouvir o novo do nervoso, coisa boa vem ae...

abrs|!

 
At 16:50, Blogger marco homobono said...

isso não é uma resenha.
é uma verdadeira biópsia.

 
At 13:48, Blogger Bernardo Mortimer said...

Aí, publiquei uma errata ali em cima, http://smusica.blogspot.com/2007/06/errata-em-estdio-nervoso-e-os-calmantes.html

Passaram umas bobeiras aí, foi mal...

Beijos e abraços

 

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