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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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17.9.05

Posso apostar que não vai me decepcionar


A tão esperada maratona de shows começou ontem com a passagem do Pato Fu pelo Rio de Janeiro. O show acompanhou o excelente disco novo "Toda Cura para todo mal" e confirmou a suspeita levantada pela audição do álbum: a banda vive sua melhor fase.

A passagem de som me deixou um tanto quanto desconfiado. Demorada (como todas as passagens tendem a ser), ela mostrava algumas imperfeições e um excesso de samplers. Cheguei a acreditar que o uso dos eletrônicos (os "128 japas", como eles dizem) tinha perdido o ponto e estaria demais. Samplers até da meiga voz de Fernanda me fizeram lembrar de Milli & Vanilli, aqueles dois farsantes que foram descobertos como tais após o playback falhar durante uma apresentação. Se, no caso do Pato Fu, não fosse ser tão grave, era no mínimo de se desconfiar de que a banda ficaria muito presa às marcações que o uso desses loops e samplers implicariam.

No show, nada disso se confirmou. Existe sim, um certo excesso. Mas isso, antes de ser problemático, é um mérito. O Pato Fu nunca soou tão espontâneo, leve, orgânico e, ao mesmo tempo, com tantas marcações pré-estabelecidas. Muito bem ensaiados, eles pareciam conviver ainda melhor e em sintonia com os 128 japas.

A chuva, mais do que atrapalhar, ajudou para que ninguém se dispersasse e o público ficasse concetrado sob a lona, cantando a maioria das músicas. A abertura, com o novo sucesso "Anormal" (indicado a 5 categorias do VMB), revelou como a banda está tranqüila e feliz. Serena. A calma com que moldaram o disco se refletiu também no palco. A galera respondeu (e muito) ao longo de todo o show. O mais belo momento (não à toa) foi a música "Simplicidade". Com o título que é uma metáfora perfeita do momento terno que a banda parece viver, foi nela em que as luzes se apagaram e surgiu um pequeno astronauta, comandado como se fosse um um boneco e seu ventríloco, no caso, Fernanda Takai coberta por panos. O Pato Fu é a banda mais fofa do pop brasileiro.

Sucessos, lados b (se é que o Pato Fu tem lado "b"... ou seria lados "c"), músicas dos primeiros discos... teve de tudo um pouco. Até discurso pró-Michael Jackson antes de "Uh uh uh lá lá lá ié ié", a música-jacksonfive do último álbum. Por fim, antes de cantar o hit "Sobre o tempo", música que parece não envelhecer, a própria Fernanda confessou que este foi o melhor show da banda na cidade. E provavelmente foi mesmo. Dos que eu fui, certamente. O humor, o rock, o eletrônico, o pop, a Rickenbaker, o Xande Tamietti, as baladas, canções e tudo mais, trabalham cada vez mais pela tal simplicidade. A banda consegue e isso só dá mais charme a tudo que os envolve.

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Em "Capetão", a voz meiga de Fernanda é completamente distorcida para parecer com a do capeta. Ouvi-la, sob tal circunstância gritando "Your motherfucker!" é completeamente nonsense!

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Hoje a maratona continua com a dupla Riocentro-Moby. Força!


É rock ou é eletrônico?
Essa é para o Bernardo!
Coméquesefaz sendo um só?
Happy bithday to you,
Acabôôôô, aaa ca bô... Acabôôôô...
Não É Brincadeira: Estou Nervoso
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Chove
Nova Orleans
Adiante à Piada Interna

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