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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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24.12.06

Porque sim.

imagem encontrada em GoogleImage
Abrindo um precedente perigoso, um juiz do estado de Oregon, nos Estados Unidos, negou um pedido de defesa de uma ação para rebater a postura agressiva da RIAA de processar quem disponibiliza arquivos pela internet que infrigem propriedades do copyright. Mais do que a decisão em si, o perigo maior está na jurisprudência aberta no momento em que o juiz afirma ser suficiente o argumento da RIAA (Recording Industry Association of America).

Você, leitor sagaz do sobremusica, deve se perguntar "qual é o argumento da RIAA?". Pois bem, o argumento é aquele velho, de que qualquer arquivo musical protegido por copyright disponibilizado pela web lhe traz prejuízo e, sendo assim, cabe ação contra todos os que têm arquivos disponibilizados de alguma forma. Até aí, nada demais.

O problema é que essa é a primeira vez que um juiz dá um parecer favorável baseando-se no "porque sim". No texto, não há qualquer fundamento que justifique a decisão. Nenhum argumento sob a questão do copyright, nenhum fundamento acadêmico, caso jurídico anterior... Nada que explique essa decisão. Só um "porque sim".

Cuidado com a Cuca...

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Aliás e a propósito, esse cartaz tem a ver com aquele papo sobre uma possível vingança do comunismo, que surgiu entre Bernardo e eu no texto "Assunto: lonelygirl15".

crédito: Modernhumorist
E cada um tira as suas conclusões.

1 Opine:

At 02:20, Blogger O Anão Corcunda said...

A história que sempre me ocorre é a de quando perguntaram ao Mao Tsé-Tung o que ele achava da revolução francesa e ele respondeu: "Ainda é cedo para dizer". Vingança do comunismo? Sei lá. A guerra ainda está longe de terminar, as batalhas recomeçam não sei de onde, ali naquele espaço. Neguinho faz protesto na Rússia com cartaz do Lenin a tiracolo. Não é à toa que esse discurso "anticomunista" tem reaparecido com frequencia, meio fantasmagórico, meio premonitório.
Um sinal é apenas um sinal, mas é tudo isso mesmo. A internet não está livre das controlações. Muito menos a cabeça de quem a usamos. Para os amigos tudo, para os inimigos a lei. O negócio é aproveitar enquanto a maré tá boa, porque os efeitos perduram. Na minha paranóia, esse negócio de internet é uma puta faca de dois legumes, a potencial liberdade pode virar potencial penitenciária.

 

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