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Bernardo Mortimer
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10.11.05

Festivais independentes

A força da grana









Festivais independentes teriam a função de revelar o novo, dar chance a quem não tem chance. Por isso mesmo, nesse mês em que dois dos maiores festivais deste tipo chegam ao fim, é preciso crescer o olho e ficar atento. Com algum cuidado de pesquisar, descobre-se coisas importantes. Por exemplo: o Luxúria, banda carioca finalista do "Oi tem peixe na rede" já é empresariado pela mesma agência que cuida dos interesses de nomes como Pitty e Marcelo D2, a "Na moral" Produções. É só checar no site da banda que se descobre isso. Além disso, a banda já tem um clipe de alta produção rolando na MTV. Com toda a força de capital e lobby que existe na mão de Marcelo Lobato, o chefão da "Na Moral", fica difícil imaginar outro vencedor para o concurso.

Inevitavelmente me vem a cabeça a pergunta: o que é ser independente? É só não ter gravadora? Não ter disco lançado? E ser conduzido por um dos maiores empresários do ramo no país, pode? Para quem não sabe, o concurso dará ao vencedor um contrato com a gravadora Sony/BMG, a mesma que tem em D2 uma de suas galinhas de ovos mais dourados. Já corre à boca pequena as histórias de quem acompanhou o tamanho da cobrança feita pelo empresário quanto aos resultados do desempenho da banda nas votações do "Oi tem peixe na rede".

A independência está diretamente ligada a fazer as coisas por si, correr atrás sem ter muita experiência, seguir a intuição, a paixão e o suor. Lógico que ninguém vai coibir a ação de empresários e nem dizer que a banda não deva querer crescer e ter uma pessoa de renome cuidando de seus passos. Claro que não. Muito menos contra Lobato, que só está fazendo seu papel, provavelmente com competência. Só que a partir do momento em que uniões deste tipo se concretizam, tal banda não pode mais entrar numa competição com quem não tem cacife igual. É botar uma Ferrari contra um velocípede.

Os critérios desses festivais deveriam ampliar suas observações. Hoje em dia, com o mercado independente se misturando tanto com o tal do mainstream, é preciso muito cuidado para ser justo e dar condições a todo mundo de participar da brincadeira em igualdade de condições.

Boa sorte a todos e que vença o melhor.

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'Engraçado' é observar que, assim como no 'mainstream', parece que também entre os sem gravadora, são as operadoras de telefonia móvel que estão fazendo a roda andar. O "Oi tem peixe na rede" e "Claro q é rock" revelaram alguns bons nomes, mas de uma forma geral não jogaram luz sobre muitas novidades. A maioria dos classificados para as fases finais já são velhos conhecidos da imprensa especializada e de boa parte do público. Com algumas (boas e ruins) exceções.

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Só para se fazer justiça. Estes são os sites dos outros finalistas do "Oi tem peixe na rede":
Katia Dotto
Besouro Zorah
Canastra e Dr.Spinoza, segundo informações do site do festival, não têm sites oficiais.

1 Opine:

At 22:37, Blogger Bernardo Mortimer said...

www.canastra.tk

 

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