Entrevista: Renato Martins, do Canastra (2)
E o Que Eu Faço Incomoda...      Aqui vai a segunda metadinha, menor do que a primeira, da entrevista de Renato Martins: fotos amareladas, um terceiro disco do Acabou la Tequila (com o cuidado do “se houver” e o descuido do “agora a banda é mais cultuada do que na ativa”), e lendas e mitos sobre a moda. Me permiti comentários entre parênteses e em negrito.
      Senhores e senhoras, divirtam-se!
sobremusica: Quando você fala em um universo mais específico e mais direcionado criado pelo Canastra (pergunta 2), que universo é este? Dá para se aprofundar?
RM: O universo mais específico, mais direcionado a que me referi diz respeito à estética do som do Canastra. Meio som antigo, remete a música antiga. O Canastra tem uma proposta sonora de fazer uma uma música com textura amarelada. Tipo foto antiga. Esse norte que perpassa as composições, os arranjos e até os próprios instrumentos da banda pode um dia ser mudado, mas é nítido, você não acha? (acho sim, mas você falando é mais legal, né?) Já o Tequila nunca teve isso. Os dois discos são diferentes entre si. Se houver um terceiro, também será. As músicas não se conectam entre si.
s: Rondam histórias as mais diversas sobre a demora para o lançamento do disco “O Som da Moda”. A música 'Som da Moda' teve a ver com a demora, seguida de engavetamento, do lançamento do disco do Tequila? Parece que teve ainda uma troca de presidente da Abril Music na história, né?
RM: Cara, essa história é uma lenda, um mito, não se sabe o que aconteceu. Mas pense bem: se coloque no lugar de um executivo de gravadora que recebe na mesa um disco de uma banda que tem uma letra como esta ("tá todo mundo falando mal de mim/ porque eu não faço o som da moda/ porque eu não faço o que eles querem ouvir/ (...)então não vai tocar no rádio/ Radio D´Jaba..."). A gravadora era a Abril Music, que chegou no mercado disposta a pagar o necessário pra se estabelecer. Tudo que os caras lançaram tinha muito jabá por trás. Parece, no mínimo, engraçado, não? (ou triste, você escolhe.)
s: E por último: O Tequila é a banda seminal do rock carioca bacana? E, nessa história de rock carioca: como é tocar dentro e fora do Rio?
RM: Não faço quase shows com o Tequila dentro ou fora do Rio. Faço com o Canastra e com o Lafayete e os Tremendões. São sempre legais, por que como você já viu, a gente se diverte muito tocando. Quanto à história de ter influenciado outras bandas, não sei ... São as tais bandas que têm que dizer. (Algumas já disseram, né?) A sensação que eu e alguns dos tequilas temos é que agora a banda é muito mais cultuada do que quando estávamos na ativa. Enfim...
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