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22.10.05

Show: the Strokes

Last Night

      A última noite... Bem: pessoas, elas não entendem. As namoradas, elas não podem entender. Os netos não vão entender. E mais, nem eu tenho como explicar.


      Começou com um show correto do mundo livre s/a, com a ingrata missão de abrir os trabalhos para as duas atrações principais poucas semanas depois de ter tocado na cidade de graça, no Teatro Rival. Finalmente deu pra ouvir a 'Guns of Brixton' meio Manu Chao de Fred 04, talvez a mais aplaudida dos caranguejos livres. Em seguida, uma mensagem pelo Sim, amanhã. Daí, veio o show competente mas nada além do Kings of Leon, caipira, cabeludo, às vezes quase um Bon Jovi, se isso não fosse uma ofensa - e não é pra ser.

      Mas...

      Mas...

      Mas daí veio the Strokes, a banda que reinventou o rock como o conhecíamos, que provou que a internet não precisava de MTV ou rádio ou gravadora, que fez o Velvet Underground quebrar o espelho de inveja e orgulho com o que deu. O início do século XXI para o rock.

      Antes do início, enquanto entram no palco e se posicionam, soa nas caixas 'It must be Love' do Madness. Daí, o show começa com 'Hard to Explain' e 'Someday', incríveis, as letras drogadas, a voz de bêbado apaixonado que rasga o peito, todos desleixados e amigos de infância. Pose, diversão e aplicação em timbres únicos e frases repetidas até que seja impossível não dançar. Ou pular.
      O primeiro álbum, "Is This It" seria todo tocado, tal qual no disco, sem improvisos, sem descansos, sem respirações fora do lugar, sem recursos fáceis de "canta junto". Chegou uma hora que Julian Casablancas, suado e surpreso, vestido de Sgt. Pepper azul, já tendo desistido de apresentar as músicas novas como se isso precisasse de um pedido de desculpas (foram cinco, duas pelo menos com a mesma força de todo o "Is This It" e da metade boa do "Room on Fire"), agradeceu as palmas ritmadas que nem tinham sido pedidas, em 'Barely Legal' e depois em mais um monte.

      Além disso, Casablanca ainda insistia em juntar as mãos em gratidão aos quatro mil pulantes e gritantes presentes, depois de cada versão histórica de músicas inesquecíveis. De bis, três que não podiam faltar: 'Reptilia', 'Is This It' e a pedida em coro 'New York City Cops'. (A melhor do primeiro disco, pra mim e, pelo visto e minha surpresa, pra vários). E mais, um segundo bis, 'I Can´t Win', do "RoF".
      O tempo voltou a correr, o espaço voltou a ser fechado, e cada um seguiu seu caminho, satisfeito, buscando uma forma de fazer quem perdeu entender. Mas não, nunca vão entender.

      Foi isso, depois rolava um B Negão improvisando sobre as bases frenéticas de Marky, interessante mas só.



Nada a ver

Meu direito de ir e vir não deve prevalecer ao seu de, se quiser, um dia, querer adquirir uma arma? (Sim!)

4 Opine:

At 10:25, Anonymous Anônimo said...

vi o final do strokes, que pra mim é uma banda quase boa.. e por isso muito boa. abraços pro maia, parabéns pro site que podia ser mais divulgado hein!

Mario

 
At 13:24, Blogger Bruno Maia said...

Po, obrigado, Mario
Ajuda a divulgar ae.. fala que é o melhor site que vc jah viu na vida.. hahahaha.. que tem dois caras geniais escrevendo.. hahahaha

valeu, abs

 
At 19:54, Anonymous Anônimo said...

Aê Bernardo.. É Casablancas, no plural! Pelo menos eu acho que é...

 
At 17:50, Blogger Bernardo Mortimer said...

É com s no final. Escrevi certo da primeira vez, e errei da segunda. Desculpa e obrigado pela força aí.

 

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