Show :: João Brasil (Festa URBe 4 anos)
fotos: Joca Vidal
O mito surgiu de roupão. Na última quinta-feira, João Brasil fez sua estréia nos palcos. Vá lá que a Pista 3 não tinha exatamente um “palco”. Um canto espremido na pista de baixo escondia o teclado e o laptop. Nesse início de carreira, João foi acolhido pelo programa Mucho Macho, da MTV, e como retribuição resolveu adotar o figurino que Marcos Mion escolheu para esse novo momento televisivo.
A apresentação arrastou muita gente para a festa do URBe. Não há como negar que ele era o grande destaque da noite e isso foi comprovado pela pista abarrotada como não se viu em nenhuma das outras (boas) atrações. O buxixo em torno do rapaz veio crescendo desde o ano passado, quando “Baranga” chegou ao MySpace e ao playlist de muita gente. A principal questão que envolve João Brasil é quanto tempo a piada pode durar. Agüentar um show era um bom principio de resposta.
Levá-lo a sério não é um bom caminho pra quem for ouvi-lo. João se destaca pelo escracho bem pensado. Em uma recente entrevista (que em breve será publicada por aqui), ele afirmava encarar suas músicas com um olhar “publicitário”, como quem desenvolve um produto, um jingle, algo que tenha que comunicar idéias especificas. É assim que João acha o caminho nas suas letras. Algumas ficam mais na intenção, mas na maioria o “produto” sai valorizado.
A apresentação começou com a participação do elenco trash de Marcos Mion. João agradou ao “padrinho”. Corre risco de virar um novo Supla, no pior sentido do termo. Mas até aqui ele está se garantindo justamente porque não se leva a sério. Após tocar “Baranga” logo na abertura, ele contou a já folclórica história do “Pau molão”, seu apelido que já é visto como possível codinome. Depois ele enfileirou todas as faixas que o seu público já conhece pelo MySpace e ainda incluiu a inédita “Cobrinha Fanfarrona”, a parceria com De Leve “O que que nêgo quer” e o mais recente hit do YouTube, “Vai tomar no cu” (segundo uma pesquisa na web, esta música é originalmente parte da peça "Se piorar, estraga", da atriz Cris Nicolotti), que encantou João.
[[Sim, essa música é muito boa e poderia ter sido feita por ele. Isso deve servir de estímulo ao rapaz, tal qual o “Rubber soul” serviu a Brian Wilson para a criação de “Pet Sounds”. Ou seja, se prepare para a resposta de Mr. Brasil. ]]
Voltando ao show. As bases disparadas no computador funcionaram relativamente bem na maioria das músicas, mas não em todas. Sobretudo em “Mônica”, a harmonia ficou escondidinha, deixando a melodia “desprotegida”. Eu sei que esse é o tipo de observação que soa imbecil ao se escrever sobre um show de João Brasil, mas a idéia é ressaltar que tudo tende a melhorar. O próprio João demorou a se sentir seguro. Quando uma das bases demorou um pouquinho de nada a disparar, ele começou a “falar com a máquina”, tentando disfarçar a situação, que estava plenamente dentro do aceitável aos olhos do público. Serviu pra mostrar essa tal "insegurança".
Nada disso, porém, fez a apresentação ser menor. Antes do show, poderia se pensar que a galera escutaria “Baranga” e se daria por satisfeita. Mas João segurou bonito, mesmo tendo topado o risco de abrir a noite com seu grande hit. Mérito dele. A participação do rapper De Leve, que serviria para dar um gás ao show, nem teria sido necessária tal era a sintonia do crooner com a platéia. O próximo espetáculo não deve tardar. A previsão é de que seja no dia 24, na Festa Calzone, em algum lugar a se confirmar. Vale a pena acompanhar a trajetória do legítimo novo fenômeno pop do Brasil.
*************************
Por fim, parabéns ao camarada Bruno Natal e ao URBe por esses 4 anos. Aniversário de amigos, gente super descontraída, resultado óbvio: golaço. Que venham muitos outros!
A apresentação arrastou muita gente para a festa do URBe. Não há como negar que ele era o grande destaque da noite e isso foi comprovado pela pista abarrotada como não se viu em nenhuma das outras (boas) atrações. O buxixo em torno do rapaz veio crescendo desde o ano passado, quando “Baranga” chegou ao MySpace e ao playlist de muita gente. A principal questão que envolve João Brasil é quanto tempo a piada pode durar. Agüentar um show era um bom principio de resposta.
Levá-lo a sério não é um bom caminho pra quem for ouvi-lo. João se destaca pelo escracho bem pensado. Em uma recente entrevista (que em breve será publicada por aqui), ele afirmava encarar suas músicas com um olhar “publicitário”, como quem desenvolve um produto, um jingle, algo que tenha que comunicar idéias especificas. É assim que João acha o caminho nas suas letras. Algumas ficam mais na intenção, mas na maioria o “produto” sai valorizado.
A apresentação começou com a participação do elenco trash de Marcos Mion. João agradou ao “padrinho”. Corre risco de virar um novo Supla, no pior sentido do termo. Mas até aqui ele está se garantindo justamente porque não se leva a sério. Após tocar “Baranga” logo na abertura, ele contou a já folclórica história do “Pau molão”, seu apelido que já é visto como possível codinome. Depois ele enfileirou todas as faixas que o seu público já conhece pelo MySpace e ainda incluiu a inédita “Cobrinha Fanfarrona”, a parceria com De Leve “O que que nêgo quer” e o mais recente hit do YouTube, “Vai tomar no cu” (segundo uma pesquisa na web, esta música é originalmente parte da peça "Se piorar, estraga", da atriz Cris Nicolotti), que encantou João.
[[Sim, essa música é muito boa e poderia ter sido feita por ele. Isso deve servir de estímulo ao rapaz, tal qual o “Rubber soul” serviu a Brian Wilson para a criação de “Pet Sounds”. Ou seja, se prepare para a resposta de Mr. Brasil. ]]
Voltando ao show. As bases disparadas no computador funcionaram relativamente bem na maioria das músicas, mas não em todas. Sobretudo em “Mônica”, a harmonia ficou escondidinha, deixando a melodia “desprotegida”. Eu sei que esse é o tipo de observação que soa imbecil ao se escrever sobre um show de João Brasil, mas a idéia é ressaltar que tudo tende a melhorar. O próprio João demorou a se sentir seguro. Quando uma das bases demorou um pouquinho de nada a disparar, ele começou a “falar com a máquina”, tentando disfarçar a situação, que estava plenamente dentro do aceitável aos olhos do público. Serviu pra mostrar essa tal "insegurança".
Nada disso, porém, fez a apresentação ser menor. Antes do show, poderia se pensar que a galera escutaria “Baranga” e se daria por satisfeita. Mas João segurou bonito, mesmo tendo topado o risco de abrir a noite com seu grande hit. Mérito dele. A participação do rapper De Leve, que serviria para dar um gás ao show, nem teria sido necessária tal era a sintonia do crooner com a platéia. O próximo espetáculo não deve tardar. A previsão é de que seja no dia 24, na Festa Calzone, em algum lugar a se confirmar. Vale a pena acompanhar a trajetória do legítimo novo fenômeno pop do Brasil.
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Por fim, parabéns ao camarada Bruno Natal e ao URBe por esses 4 anos. Aniversário de amigos, gente super descontraída, resultado óbvio: golaço. Que venham muitos outros!
2 Opine:
Pau molão!
Pau molão!
Pau molão!
Abs,
Bruno.
nasce um mito
um monstro
primeiro de muitos
rumo a dominação mundial
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