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Bruno Maia
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8.1.07

Rockz no Humaitá Pra Peixe

Escola de Rock
       A apresentação do Rockz foi um baque de efeito rápido. Formado por figuras manjadas do underground carioca, a banda traz da década de 70 um stoner rock que é contemporâneo na medida em que dialoga com Strokes, Jet, the Fratellis... Para um público de colégio, ali por causa da outra banda da noite, o Scracho, foi um pouco como uma demonstração do que é a história do rock, em um capítulo essencial.


      A camiseta de Diogo, o vocalista, indicava só um pedaço do que viria adiante. A pomba sentada no braço da guitarra, o símbolo do Woodstock. Paz podia até ser a mensagem, mas o som era forte, violento. Os ataques na guitarra, tanto a de Nobru (ex-Cabeça) quanto a de Muzak (ex-Funk Fuckers e atual Seletores de Frequencia, fora um bom disco solo), são marciais, robóticos, duros. Para balancear, a bateria punk-funk de outro ex-Cabeça, e ex-Planet também, Pedro.


      Mas a lição principal dos professores, para além dos bem estudados arpejos, e para além da pegada punk com suingue da cozinha, é a das danças e olhares vidrados de Diogo. Em danças que misturam Mick Jagger e Pete Townshend com Johnny Rotten, ele se sobrepõe aos acordes esganiçados da dupla de guitarras e ao clima meio sombrio das letras com algo de Velvet Underground para ensinar como se deve sentir aquele som. Histórias de desencontros no amor, sexo e tédio são o motor que só funciona porque a faísca de Diogo ativa cada uma das outras seções da banda. Anotaram meninos?


       Uma pergunta que não sai da cabeça é porque esses caras de tanta estrada no mundo alternativo resolveram deixar de lado os caminhos do punk experimental, do dub com hardcore e do funk pesado para um projeto alinhado com a produção contemporânea de rock no mundo, a que mais aparece nas revistas e sites especializados. Vem dando certo, ótimo, mas o que mudou nessas cabeças? Seja o que for, para a garotada, muitos acompanhados pelos pais, foi uma demonstração do que é o roquenrou.


      Um porém foi que o show pareceu esfriar na metade. Começou muito bem, piorou e melhorou para terminar bem, apenas bem. Mas, para fazer uma comparação, é mais atual do que o rock glam/Legião do Cabaret, por exemplo. Aguardemos os próximos passos. E que fique claro, no fim das contas, ainda assim, é bem divertido.


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