The Dap-Kings
A Banda Por TrásComeçou com um e-mail do Bruno pra mim que lincava mais um dos vídeos da Amy Winehouse bêbada, constrangendo e aumentando a audiência de uma premiação qualquer de música dessas que são todas iguais. Ela cantava Tears Dry On Their Own e a câmera fazia de tudo para não mostrar as pernas bambas dela, o peso mal distribuído sobre o pedestal do microfone, a voz mole, os olhinhos apertados, o bom e velho quadro de espelho em fim de noite que você, leitor, certamente não se lembra. Brincadeira, viu?
O fato é que o vídeo despertou um papo que não foi para frente sobre como a banda de Amy já tá em um nível que a mocinha que canta a letra já é quase só uma parte ali da apresentação. Tá, exagerei, mas a banda é muito boa, e eu dizia ao Bruno que justamente não vi ninguém indo perguntar para o baterista, o backing vocal, o baixista, ou sei lá, como era tocar com a Amy, como são os momentos de tensão antes e durante a subida ao palco, o será-que-hoje-vai, enfim. Quem é essa banda? Não é de interesse público descobrir quem acompanha a doidona que transforma milhares de discos vendidos em dor de cabeça de ressaca, trocadilhos safados com o refrão ou o sobrenome dela, e com diagnósticos sobre quantos discos ou shows ela ainda tem em vida?
Pois bem, chegou no domingo o e-mail do chappa Diogo, lincando para o New York Times. E a resposta para a pergunta de “quem é essa banda” tem lá um pouco de barraco. Vamos lá.
Sharon Jones tem 51 anos, nasceu em Augusta (cidade de James Brown), e é a próxima aposta da pequena gravadora vintage de Nova Iorque, Daptone. Jones e a Daptone são obcecadas pela música dos anos 60, e vivem uma vida longe dos festivais de verão dos Estados Unidos e Europa, sem clipes em streaming na Internet. O problema foi que um dia, um moço produtor Mark Ronson apareceu com a proposta. A Dap-Kings, banda da gravadora e então acompanhando Mrs. Jones (será a mesma da música?), foi convidada a fazer o apoio de Amy na gravação de Back to Black, e em seguida, dos tais shows da sobremusa nos EUA. Tocaram também, não necessariamente na formação completa, em boa parte do Versions, segundo disco do próprio Ronson. Pois bem, muita água que passarinho não bebe rolou, e até no Vídeo Music Awards desse ano, a parte dos metais da banda apareceu fazendo a trilha da cerimônia.
Jones não sabe o que pensar, embora o lançamento do disco dela com a banda, amanhã, esteja ganhando muito mais atenção do que ganharia. Ao NYTimes, ela disse que “Primeiro, eu me sinto meio brava com isso”. Ela segue no raciocínio: “A gente tava ali sentadinha, cuidando da vida, e do nada eles [Ronson e Amy] me aparecem com um ‘Queremos o som de vocês’”. Mas é ela mesmo que vai e agradece: “Bem, mas se calhou de ser a Amy a botar os Dap-Kings para serem ouvidos, aí é uma coisa boa. Aliás, é ótimo. Obrigado”.
Dá uma força lá no myspace dela e vê se reconhece a vaibe, vai.
3 Opine:
soh para registrar que o tal email que passei ao bernardo foi com o post do melvin, no disco de platina.. ele cantou a pedra sobre a amy encachaçada...
abs
BM
vale a pena catar o album da sharon com o the soul investigators tbm... puro nu-soul! amy sabe aonde pisa (epa!!!) abrsss
Mestres, Sharon Jones é o suprasumo do groove dos 70's!! Rola religiosamente na pista da Phunk! Grande post,
Abraços,
Arthur Miró (Fred)
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