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8.10.07

Nine Inch Nails e Radiohead

E o Arco-Íris Forma Fila...

      Era de se esperar, e não dá para dizer que é surpresa. Trent Reznor pegou as trouxinhas do Nine Inch Nails na Interscope, e saiu para desbravar caminhos a serem anunciados em "um futuro próximo". Não é de hoje que Reznor critica abertamente o formato da indústria, o preço dos cds, as políticas de proteção aos artistas, etc, de modo que seria um contra-senso assistir à banda assinando contrato com alguma outra gravadora. Até em shows, ele pediu a todos que roubassem as músicas dele, que botassem para circular na internet. No site do NIN, ele ressalta que os tempos em que vivemos são muito interessantes, e isso na data de hoje me parece uma referência bem óbvia.
      Ainda acho que o grande salto dessa história toda vai ser o encontro da sede por música com o momento das bolsas financeiras do mundo, que não param de subir e bater recordes mesmo em meio a crises de hipotecas imobiliárias, ameaças de bolhas, golpes em fundos bancários de risco. Nada parece abalar a liquidez do mercado, e os meninos do software já fizeram a ponte deles. Mas isso são só elocubrações à toa.



Nada a ver

      A melhor piada sobre o processo que a RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravação) ganhou da mãe solteira de duas crianças foi do site gringo Pitchfork: com a multa, as gravadoras podem agora comprar duzentos e vinte e dois mil discos novos do Radiohead na internet. Jammie Thomas, de 30 anos, foi considerada culpada por ter botado no Kazaa vinte e sete músicas com direitos protegidos. A vitória da RIAA, mais do que qualquer outra coisa, criou jurisprudência para que qualquer um seja processado nos Estados Unidos.

1 Opine:

At 12:33, Blogger Leoni said...

O melhor dessa história do Radiohead é que, pela primeira vez, uma banda dessa importância dá sinais de entender tudo o que está acontecendo e parte na frente. Antes as ousadias internéticas se limitavam a quem não tinha nada a perder – e consequentemente tinham tudo a ganhar. Abrir mão do modelo convencional requer coragem.
A possibilidade da gratuidade legal é um baque maior na pirataria digital que nas gravadoras. Por que ser ilegal nesse caso? Para ter um arquivo pior? De qualquer maneira, In Rainbows já está no Limewire e outros programas P2P.
Um detalhe muito importante que poucas pessoas não estão assinalando é que os arquivos são em MP3, ou seja, sem proteção. Sem aquela coisa irritante de ser incompatível com algum tipo de player, sem desaparecer daqui a um tempo e sem restrições para gravações e reproduções. Será que essa história de DRM é realmente necessária?
Outra razão importante para a gratuidade é para não punir os fãs mais ferrenhos. Como o CD – que, nesse caso, é muito mais que isso e que custa muito – só será lançado no mês que vem, esses super fãs acabariam tendo que comprar o álbum digital e depois o seu similar físico. Desta forma pode-se, sem peso na consciência, baixar os arquivos de graça e encomendar o pacotão. Nem o Radiohead nem o fã saem perdendo.
Eu paguei 7 euros (qualquer coisa ao redor de R$ 18,00) porque não vou comprar o Kit In Rainbows e estou muito feliz com meu IPod.
Aqui no Brasil, problemas com editoras e outras burocracias atrapalham muito a vontade de inovar, mas todos os setores vão ser obrigados a se adequar. Espero em breve no nosso país uma enxurrada de lançamentos usando novas formas de comercialização.

 

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