Sobre distribuição digital de música
Não chega a ser exatamente uma ação inovadora, mas nesta última semana o Gorillaz lançou 10 das 23 músicas de seu novo álbum, o D Sides, para apreciação, com exclusividade no Myspace. Os fãs só puderam comprar o disco e os downloads a partir de hoje, mas quem tinha um crackzinho, já podia baixar as músicas do Myspace desde semana passada.
O poder que estas comunidades virtuais vêm exercendo sobre a indústria fonográfica tradicional é monstruoso. Os artistas se seduzem pela facilidade da distribuição, ágil e barata. As mesmas razões apavoram os investidores que viabilizam as gravações - na maioria das vezes, ainda são as gravadoras. A aplicação de publicidade é uma iniciativa positiva, mas por enquanto ela não remunera os geradores de conteúdo. A grana fica toda para a plataforma. O TramaVirtual já passa um pedaço do bolo adiante. Mas ao contrário do Radiohead, não é todo mundo que pode dizer quanto quer receber pela sua música, pela sua criação. Dia desses, o Dance of Days recebeu da gravadora paulistana um checão de dois pau e pouco, mas em nenhum momento foi consultado sobre quanto gostaria de receber por cada audição ou download da sua obra. O preço é decidido pelo anunciante e pela plataforma. Ou seja: tudo continua na mão dos intermediários.
A venda direta de música pode ser uma boa alternativa. Qualquer um que queira praticar a generosidade, pagando por arquivos de mp3, por exemplo, tem que passar por uma via crucis de cadastros, cessão de informações pessoais, número de cartão de crédito, confirma compra, etc, etc... Tente você comprar uma música. Ninguém consegue fazê-lo com menos de 6 ou 7 trocas de páginas, cheias de informações a preencher. O Snocap é uma iniciativa positiva, sobretudo para artistas independentes nos Estados Unidos, mas ainda não há nada semelhante no Brasil. Nem PayPal nós temos aqui. Ferramentas que agilizem as compras e funcionem sob orientação do consumidor ainda são um filão pouco explorado no Brasil e seriam um grande avanço na consolidação do e-business daqui.
Mas especificamente falando de música na web, há uma grande dificuldade de convencer os desenvolvedores de tecnologia a investir nisso. Isto porque são os mesmos que abastecem o mercado de celulares, que já está muito mais aquecido, dá muito mais retorno e muito mais rápido. Nesse sentido, o termo "digital" embaralha diferentes e específicos modelos de negócios. A chegada de players como o Myspace ao Brasil pode ajudar a inverter esta situação. Estas são plataformas cujo business está só calcado no ambiente online e não em celulares. Já existem boatos no mercado de que o Universo Online estaria preparando algo similar ao Paypal no Brasil. Certamente, seria uma ótima ferramenta de inclusão de novos consumidores no e-business, principalmente se considerarmos o alargamento da base de usuários de internet no país, avançando pelas classes C e D.
Mas o bom mesmo, vai ser quando for possível comprar online usando o celular. Fazer o caminho inverso... A quem interessar possa, é só mais uma idéia que está no ar.
O poder que estas comunidades virtuais vêm exercendo sobre a indústria fonográfica tradicional é monstruoso. Os artistas se seduzem pela facilidade da distribuição, ágil e barata. As mesmas razões apavoram os investidores que viabilizam as gravações - na maioria das vezes, ainda são as gravadoras. A aplicação de publicidade é uma iniciativa positiva, mas por enquanto ela não remunera os geradores de conteúdo. A grana fica toda para a plataforma. O TramaVirtual já passa um pedaço do bolo adiante. Mas ao contrário do Radiohead, não é todo mundo que pode dizer quanto quer receber pela sua música, pela sua criação. Dia desses, o Dance of Days recebeu da gravadora paulistana um checão de dois pau e pouco, mas em nenhum momento foi consultado sobre quanto gostaria de receber por cada audição ou download da sua obra. O preço é decidido pelo anunciante e pela plataforma. Ou seja: tudo continua na mão dos intermediários.
A venda direta de música pode ser uma boa alternativa. Qualquer um que queira praticar a generosidade, pagando por arquivos de mp3, por exemplo, tem que passar por uma via crucis de cadastros, cessão de informações pessoais, número de cartão de crédito, confirma compra, etc, etc... Tente você comprar uma música. Ninguém consegue fazê-lo com menos de 6 ou 7 trocas de páginas, cheias de informações a preencher. O Snocap é uma iniciativa positiva, sobretudo para artistas independentes nos Estados Unidos, mas ainda não há nada semelhante no Brasil. Nem PayPal nós temos aqui. Ferramentas que agilizem as compras e funcionem sob orientação do consumidor ainda são um filão pouco explorado no Brasil e seriam um grande avanço na consolidação do e-business daqui.
Mas especificamente falando de música na web, há uma grande dificuldade de convencer os desenvolvedores de tecnologia a investir nisso. Isto porque são os mesmos que abastecem o mercado de celulares, que já está muito mais aquecido, dá muito mais retorno e muito mais rápido. Nesse sentido, o termo "digital" embaralha diferentes e específicos modelos de negócios. A chegada de players como o Myspace ao Brasil pode ajudar a inverter esta situação. Estas são plataformas cujo business está só calcado no ambiente online e não em celulares. Já existem boatos no mercado de que o Universo Online estaria preparando algo similar ao Paypal no Brasil. Certamente, seria uma ótima ferramenta de inclusão de novos consumidores no e-business, principalmente se considerarmos o alargamento da base de usuários de internet no país, avançando pelas classes C e D.
Mas o bom mesmo, vai ser quando for possível comprar online usando o celular. Fazer o caminho inverso... A quem interessar possa, é só mais uma idéia que está no ar.
2 Opine:
Acabei de descobrir o blog e gostei muito do material disposto. Voltarei mais vezes!...
Um abraço!
Fala Bruno ! Como eu sei que você gosta de debates olha o que eu postei no meu blog. Vai ter um evento semana que vem na PUC. Abraaaaços !
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