Planeta Terra chamando...
Um festival como nunca vi por aqui
Talvez por uma certa birra coletiva que havia no ar contra o Tim Festival, era perceptível uma torcida para que o Planeta Terra arrebentasse e criasse um novo horizonte para os festivais de música no Brasil. E a torcida deu certo demais. A primeira edição do evento foi histórica em todos os sentidos: organização, pontualidade, limpeza, acesso, curadoria, decoração, iluminação, ambientação, gente bonita, etc, etc, etc...
Se, de cara, poderia se ter a sensação de que a locação escolhida - a Vila dos Galpões - não tinha charme nenhum, às margens do Rio Pinheiros, era só adentrar as primeiras catracas para começar a se mudar de opinião. Uma área grande, cheia de alternativas e locações, nao só tornava o acesso dinâmico como também agilizava a vida do patrocinador, interessado em criar climas para a tal "experiência da marca", de que tanto falam. Freezers com vendedores de cerveja espalhados por todos os locais também colaboravam para a não existência de filas. Banheiros químicos bem distribuídos com folhas de pinheiro espalhadas pelo chão, amenizando a fedentina da urina coletiva. Guarda-volumes para bolsas. Equipe de segurança fazendo jus à censura, sem agressividades. Pensa aí algo que sempre dá errado em festival e saiba que quase todos funcionaram no Planeta Terra.
O Datarock se tornou o show clássico que pouca gente viu e quem não viu se arrependeu. Tudo por causa dos dois últimos números: o hit "Fa Fa Fa" e a dublagem de "Time of my life", do Dirty Dancing, clássico em qualquer casamento, festa senil ou farofeira. A maioria da galera que perdeu estava vendo o interessante show do Instituto e convidados, apresentando o repertório dos discos Racional 1 e 2, de Tim Maia. O show dos paulistanos desce redondo, chega a empolgar no início e vale a pena ser visto. Mas ao longo da apresentação, a falta de um band leader, como Tim sempre foi, acaba pesando. A presença do tecladista Dafé, que acompanhou o síndico, dá um charme semelhante à presença de Lafayette com os Tremendões. O cara deveria ser presença obrigatória em qualquer show tributo a Tim.
Lily Allen derramou charminho, afinação e falta de potência de voz. Simpatia pura, com microfone amarelo fluorescente, estilo new rave, cigarros, uísque e água. Na aguardada volta do CSS à cidade natal faltou empolgação e sobrou insegurança na banda, sobretudo na primeira metade do show. Quem já assistira Lovefoxxx em ação, não a reconhecia. Quem não a conhece, não podia mais ver pra crer. Com o tempo, ela melhorou, o show cresceu e a generesidade da platéia conquistou o grupo: eles podiam relaxar porque ninguém estava lá pra bater neles, como o baterista Adriano Cintra chegou a especular em entrevista, poucos dias antes do show.
Rapture fez, de longe, a melhor apresentação da noite, dando uma atrás da outra, sem tirar. Muita garra, fúria e determinação nos olhos do baixista e animal Mattie Safer. Os músicos são movidos pela bateria de Vito Roccoforte, que vem (com o inevitável trocadilho) forte e constante. É impressionante como o cara não perde o pique em nenhum instante.
Sem maiores delongas, pois o tempo não está me permitindo muito, fica o registro e os parabéns. Se o Planeta Terra se antecipar a aquele outro festival de empresa de telefonia e, com isso, tiver mais tempo de publicidade e espaço na mídia, vai se tornar, já no ano que vem, o principal evento de musica do país. Aguardemos.
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Fotos? Who knows... Tentaremos conseguir algo pro findi, ok?
Se, de cara, poderia se ter a sensação de que a locação escolhida - a Vila dos Galpões - não tinha charme nenhum, às margens do Rio Pinheiros, era só adentrar as primeiras catracas para começar a se mudar de opinião. Uma área grande, cheia de alternativas e locações, nao só tornava o acesso dinâmico como também agilizava a vida do patrocinador, interessado em criar climas para a tal "experiência da marca", de que tanto falam. Freezers com vendedores de cerveja espalhados por todos os locais também colaboravam para a não existência de filas. Banheiros químicos bem distribuídos com folhas de pinheiro espalhadas pelo chão, amenizando a fedentina da urina coletiva. Guarda-volumes para bolsas. Equipe de segurança fazendo jus à censura, sem agressividades. Pensa aí algo que sempre dá errado em festival e saiba que quase todos funcionaram no Planeta Terra.
O Datarock se tornou o show clássico que pouca gente viu e quem não viu se arrependeu. Tudo por causa dos dois últimos números: o hit "Fa Fa Fa" e a dublagem de "Time of my life", do Dirty Dancing, clássico em qualquer casamento, festa senil ou farofeira. A maioria da galera que perdeu estava vendo o interessante show do Instituto e convidados, apresentando o repertório dos discos Racional 1 e 2, de Tim Maia. O show dos paulistanos desce redondo, chega a empolgar no início e vale a pena ser visto. Mas ao longo da apresentação, a falta de um band leader, como Tim sempre foi, acaba pesando. A presença do tecladista Dafé, que acompanhou o síndico, dá um charme semelhante à presença de Lafayette com os Tremendões. O cara deveria ser presença obrigatória em qualquer show tributo a Tim.
Lily Allen derramou charminho, afinação e falta de potência de voz. Simpatia pura, com microfone amarelo fluorescente, estilo new rave, cigarros, uísque e água. Na aguardada volta do CSS à cidade natal faltou empolgação e sobrou insegurança na banda, sobretudo na primeira metade do show. Quem já assistira Lovefoxxx em ação, não a reconhecia. Quem não a conhece, não podia mais ver pra crer. Com o tempo, ela melhorou, o show cresceu e a generesidade da platéia conquistou o grupo: eles podiam relaxar porque ninguém estava lá pra bater neles, como o baterista Adriano Cintra chegou a especular em entrevista, poucos dias antes do show.
Rapture fez, de longe, a melhor apresentação da noite, dando uma atrás da outra, sem tirar. Muita garra, fúria e determinação nos olhos do baixista e animal Mattie Safer. Os músicos são movidos pela bateria de Vito Roccoforte, que vem (com o inevitável trocadilho) forte e constante. É impressionante como o cara não perde o pique em nenhum instante.
Sem maiores delongas, pois o tempo não está me permitindo muito, fica o registro e os parabéns. Se o Planeta Terra se antecipar a aquele outro festival de empresa de telefonia e, com isso, tiver mais tempo de publicidade e espaço na mídia, vai se tornar, já no ano que vem, o principal evento de musica do país. Aguardemos.
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Fotos? Who knows... Tentaremos conseguir algo pro findi, ok?
5 Opine:
pô, "gente bonita"?
abs,
bruno.
Acompanhei o festival pela net apenas, e pelo que vi parece que foi muito bom o evento em termos de organização, bem diferente do Tim Festival que fui em SP. No meu blog tem mais sobre isso, aliás cito o blog sobre a entrevista com o Brandon do The Killers, ótima por sinal. Abraço!
Valeu, Thiago... Obrigado.
Faltou só deixar o link do teu blog, rsrs..
abs
BM
Mas está no Blogroll! hahah canto direito no menu! =D
Abraço!
É, esse eu vi.. mas ja tentei entrar por duas maquinas diferentes e aparece mensagem de erro... vai entender...
abs!
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