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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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13.4.06

Diferença de gerações: uma bobeira

O Volver vai tocar com o Frank Jorge no Abril Pro Rock deste ano, né... Pois é, eu vi o show do Volver no APR do ano passado... Boa banda. Dessas que têm surgido no Recife, com uma pegada mais pop, é a que mais me interessa. Não curto tanto a Rádio de Outono, por exemplo. Parafusa também é legal, mas é outra onda. A Superoutro, que tocou lá no APR2005, também era bacana, se aproximava de um rockão mais climático, não tão pop, mas com belas faixas. Deles, não ouvi mais falar. Não sei se ainda estão de pé. Tomara que sim.

A mistura do Volver com Mr. Jorge parece que vai ser interessante. Queria ver isso acontecendo mais freqüentemente no rock nacional, essa aproximação de gerações. Quer dizer, não só no rock como na música brasileira como um todo.

São poucos os casos como Paulo Moura e Yamandu, Orquestra Imperial e Wilson das Neves... Principalmente quando se trata de aproximações para CRIAR, COMPOR. Essas são muito escassas... Só rolam assim, pra fazer uns showzinhos e tal, criar um alarde, uma justificativa para vender a apresentação. No máximo, um coroa chama alguém mais novo para produzir o seu disco. Não sai disso. Não se vê nenhum dos nossos sessentões apostarem numa nova geração para compor, como Vinícius fez com eles, por exemplo...

Bacana a o Frank e o Volver se juntarem, ainda mais sendo de estados aparentemente tão diferentes, de culturas muito particulares... Tem tudo pra ser bonzão! Tomara que isso vá além dos palcos do APR 2006.

2 Opine:

At 18:10, Blogger Bernardo Mortimer said...

A Sala Baden Powell, em Copacabana, chegou a ser administrada pelo Sesc-Rio há uns cinco ou seis anos. Tinha uma programação bem bacana, voltada para música (o que destoa do tom teatral do Sesc na cidade, ao contrário de em São Paulo, por exemplo). Um dos eventos que eu assisti lá foi inesquecível, tinha como idéia justamente os encontros. Não necessariamente de gerações, o primeiro show que eu vi foi Jards Macalé e Itamar Assumpção (numa onda maldita). Teve ainda Marcelo D2 com Max de Castro (onda samba raro). E o melhor show da série, histórico, de Jorge Ben com Wilson Simoninha. Não era um encontro à toa, Simoninha além de filho de Simonal (rival/parceiro de Ben) foi tecladista da banda do Zé Pretinho. Pois bem, Benjor fez um show longuíssimo, com Simoninha presente em cerca de uma hora do show, e infindáveis bis. Jorge Benjor emocionado, lembrando da infância ali, onde funcionou o Cine Ricamar, perto da Rua República do Peru, onde ele jogava bola e frequentava casas de bacanas, amigos de praia. Perto também do Beco das Garrafas.

Enfim, encontros são mesmo férteis.
Nunca mais vi um show do Benjor perto do que foi aquele. Muito pelo contrário.

 
At 20:14, Blogger Bruno Maia said...

Depois o Simoninha chegou a gravar um disco pra MTV cantando só músicas do Benjor.. Mas o que eu digo mais é parcerias para compor. Isso ajuda a dar visibilidade e técnica ao novo e ajuda a renovar o mais velho...
Em vez do Pedro Sá produzir o Caetano, eu queria ver várias músicas deles. Queria ver o Macalé compor com o BNegão, o Camelo com o Chico Buarque, etc...

Enfim... Let's go!

"O cada um por si é que é a lei" - Canastra

 

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