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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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16.4.06

Shows: Canastra e Nervoso e os Calmantes

As Coisas Estão Acontecendo

      Tinha perdido todos os últimos shows do Canastra desde que a banda ganhou o Oi Tem Peixe na Rede e começou a pensar seriamente no próximo disco. Ainda tinha em mente apresentações que trouxeram o assunto ao sobremusica, e a idéia de que o show tinha cara de sarau no playground da rua (ver dia 3/7). Tudo muito próximo nas referências, muito perto na relação com música, e um clima quase intimista – apesar de não ser nada piano bar ou qualquer primeira coisa que venha à mente quando se fala em intimismo (eu sempre penso em uma cantora de longa roxo deitado em cima do piano branco ao lado do gin tônica do pianista, mas eu sou meio estranho). De qualquer forma, a fase passou. O Canastra está grandioso, com o show mais bem marcado (as marcações de palco são as mesmas, mas menos canastras, er, rerrê).
      Tudo flui melhor, o que não é necessariamente esperado. De um set de treze músicas, oito são novas. Duas são covers, ‘Dallas’ do Acabou la Tequila, e ‘Tu Vuo Fa l’Americano’, de O Talentoso Sr Ripley. Ou seja, velhas conhecidas do público e próprias, só quatro. Pouco para uma apresentação em que o público teve tanta importância no resultado final. Mas não soou pouco.
      As músicas novas têm um universo mais concentrado do que as do “Traz a Pessoa Amada em Três Dias”. Isso musicalmente. As letras ainda têm aquela aura de seriado de tv da década de 70, caso de ‘Chevete’ e ‘Pomo’. ‘Falsas Promessas’, que deve ser a primeira a ser trabalhada pela gravadora, segundo critérios da minha cabeça, é a ligação conceitual entre o primeiro disco e o próximo. Que aliás, já está com bateria e baixo gravados, pelo que consta. Excelente fecho da noite, a banda do contrabaixo branco.

      Antes do Canastra, Nervoso e Os Calmantes se derramaram no palco do Odisséia. O rock que um jornalista e professor presente chamou de “se acha fodão”, concordando comigo e com o Mão (Lasciva Lula) que fodinha é o que a gente dá por aí quando consegue, também dá passos de segurança – o percurso das duas bandas egressas do Acabou la Tequila, aliás, é bem equilibrado. Ou seja, se não se acha fodão, nem sobe no palco.
      Mesmo curto, um contraste para o longo e já esgotado cd, o show de Nervoso é firme e equilibra as doses de jovem guarda reciclada pelos gaúchos da década de 90 com os sintetizadores da década de 80 e a loucura cep 20.000 que tornam cada experiência tão importante e diferente. E mais do que “se achar fodão”, o que interessa ali são as incertezas românticas do prosseguirei declarado. Guerreiro. Essa vez – mesmo com o novo baterista ainda oscilante vez ou outra – foi bem melhor do que no Ruído festival de semanas atrás.

      Staples foi legal, mas repetitivo. Soa muito perto de CPM 22 e Detonautas, o que empobrece o resultado final. A vocalista tem desempenho de palco ótimo e a baterista é uma atração à parte, com ganância nas baquetas. Se abrirem a cabeça para variar as referências, podem chegar mais longe.



Nada a ver

      Pela quantidade de links que eu joguei aí em cima, desconfio que já sei quais foram os assuntos mais tocados por mim nesse quase um ano de site. ((Já???))

3 Opine:

At 13:48, Blogger Bruno Maia said...

E qual é a sua análise sobre os seus "assuntos" mais tocados?

 
At 17:42, Blogger Bernardo Mortimer said...

as coisas estão acontecendo...

 
At 21:41, Blogger Bruno Maia said...

Tão vago quanto que a Terra está girando! :+)

 

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