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Bernardo Mortimer
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Bruno Maia
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10.11.06

Armatrux

Os dois principais eventos musicais da semana (até aqui) foram esses: o show do Armatrux, domingo passado no Parque dos Patins e o Seminário "O processo da música", ontem, na FGV. Fora o excesso de "For no one" no meu carro.
O Armatrux é uma banda de marionete rock'n roll. É pra criança? Também. É idiota? Nem um pouco. Nesses últimos tempos tem sido complicado surgirem projetos musicais bacanas que atendam a esse público, como acontecia na década de 1980. O Adriana Partimpim foi o principal desses relampejos. O "Superfantástico" (produzido pelo Bruno Gouvêa) foi outro, mas sem tanto brilho.

O Armatrux entra no patamar em que está o trabalho de Partimpim. John Ulhoa, do Pato Fu, e Bob Faria retornaram com a parceria que foi promessa no início dos anos 90. Os dois juntos formavam o "Sustados por um gesto", que despontou no cenário belorizontino em 1991, mas que não resistiu às diferenças estéticas que os dois integrantes tinham. Fernanda Takai foi convidada pra participar dessa empreitada, mas depois da divisão dos dois "cabeças", acabou ficando com John, que tinha sido quem a convidara para a banda. Surgia o Pato Fu e um dos principais casais do rock brasileiro.

John e Bob Faria voltaram a unir forças agora no Armatrux. As músicas são ótimas, divertidas e muito bem produzidas. A sonoridade lembra muito "Toda cura para todo mal", o último (e melhor) disco da carreira do Pato Fu, indicando que John está encontrando uma assinatura própria também como produtor. Esse fim-de-semana, o grupo se apresenta na Fundição Progresso. Além das bases musicais, vale destacar o ótimo trabalho dos manipuladores que dão vida e identidade própria a cada um dos bonecos roqueiros.

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O seminário "O processo da música" foi bom, mas deixou a desejar. Por falta de tempo, não poderei me alongar agora. Prometo completar esse texto ainda hoje. A noção pioneira e importante do Creative Commons acabou soando como única nota possível nessa sinfonia que é a discussão do futuro da música. Ouvi alguns comentários que acharam o encontro muito chapa branca. Não chego a dividir essa opinião porque, na verdade, foram convidados vários interlocutores representantes do 'mercado fonográfico instituído', que não deram as caras por lá. De qualquer forma, a ampliação do debate e a diminuição da radicalidade pode ser um caminho mais interessante. Como bem disse Rodrigo Lariú, durante o almoço (já que os atrasos e os curtíssimos 10 minutos de debate após cada rodada de convidados impediam uma troca de idéias e impressões maior), são muitos universos, só que a existência de um não pressupõe a anulação do outro.

Vamos conversar mais?

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De qualquer forma, já deixo aqui o link para quem quiser assinar a petição que será encaminhada à Câmara solicitando a mudança na legislação atual do Direito Autoral no Brasil. Quem se interessar, tá lá.


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