Dois parágrafos sobre o Binário
[[[ A noite de ontem prometia com o show de duas das bandas mais elogiadas da renovada cena musical carioca: Binário e Moptop, na Melt. Divulgação fraca e forte chuva formam uma dupla infalível que resulta quase sempre em local vazio. Ontem não foi diferente. ]]]
O Binário entrou no palco para me surpreender. Já tinha ouvido falar bem, mas uma crítica que eu li sobre a apresentação dos caras no Humaitá Pra Peixe 2006, me desanimou. Lá dizia que era muita informação, muita arte, muita gente no palco a ponto de faltar um rumo... Não sei porque, mas isso me desanimou. Que bobagem! O Binário realmente não tem rumo, mas a questão é a seguinte: quem precisa de rumo? Alguns precisam e é bom ter um. Mas também não é um rumo optar por não ter rumo? Como diria aquela música do Paulinho Moska, qual é a graça de saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?!
O Binário parte por uma série de experimentações que me lembraram o Hurtmold e o Mombojó. Bernardo disse que lembrava Tortoise. É pode ser, lembra também. Os dois bateristas (Bernardo Palmeira e Rafael Rocha) não atravessam, pelo contrário, se somam bem. Uma formação diferente e que funciona. Estevão Casé, que de início parecia só um nerd, mostra que não é bem assim e avacalha nos teclados e na regência. É ele quem levanta e distribui os solos e reencontros, rocker total. Como o combinado era escrever só dois parágrafos, vou destacar que a voz só entra a serviço do arranjo, quando é necessário, assim como o Hurtmold falou na entrevista publicada em março. As letras são boas e, na memória de 14hs e um longo sono depois, alguns versos cantados por Lucas Vasconcellos ainda ressoam na minha cabeça. Um deles dizia algo parecido com "o ruim de crescer é ver que o mundo não precisa de você e você levou todo esse tempo pra perceber". Que eles cresçam e que o mundo não precise deles, pois assim é que é mais legal. Toda arte é desnecessária. (É?). Nem todo mundo nasceu pra ser U2 e salvar o planeta. Ainda bem. Que sigam sem rumo! Vida longa e longos shows para o Binário.
O Binário entrou no palco para me surpreender. Já tinha ouvido falar bem, mas uma crítica que eu li sobre a apresentação dos caras no Humaitá Pra Peixe 2006, me desanimou. Lá dizia que era muita informação, muita arte, muita gente no palco a ponto de faltar um rumo... Não sei porque, mas isso me desanimou. Que bobagem! O Binário realmente não tem rumo, mas a questão é a seguinte: quem precisa de rumo? Alguns precisam e é bom ter um. Mas também não é um rumo optar por não ter rumo? Como diria aquela música do Paulinho Moska, qual é a graça de saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?!
O Binário parte por uma série de experimentações que me lembraram o Hurtmold e o Mombojó. Bernardo disse que lembrava Tortoise. É pode ser, lembra também. Os dois bateristas (Bernardo Palmeira e Rafael Rocha) não atravessam, pelo contrário, se somam bem. Uma formação diferente e que funciona. Estevão Casé, que de início parecia só um nerd, mostra que não é bem assim e avacalha nos teclados e na regência. É ele quem levanta e distribui os solos e reencontros, rocker total. Como o combinado era escrever só dois parágrafos, vou destacar que a voz só entra a serviço do arranjo, quando é necessário, assim como o Hurtmold falou na entrevista publicada em março. As letras são boas e, na memória de 14hs e um longo sono depois, alguns versos cantados por Lucas Vasconcellos ainda ressoam na minha cabeça. Um deles dizia algo parecido com "o ruim de crescer é ver que o mundo não precisa de você e você levou todo esse tempo pra perceber". Que eles cresçam e que o mundo não precise deles, pois assim é que é mais legal. Toda arte é desnecessária. (É?). Nem todo mundo nasceu pra ser U2 e salvar o planeta. Ainda bem. Que sigam sem rumo! Vida longa e longos shows para o Binário.
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