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23.11.06

Repetição sem farsa

Questionando a tal da teoria marxista de que a história só se repete como farsa, a qual citei recentemente por aqui, Bibi Ferreira vai subir ao palco do Teatro Rival de hoje até domingo para reviver dois de seus mais comentados trabalhos.

Sem pretensão de revival, mas sim de celebração da própria vida artística, a apresentação de Bibi será uma chance para quem ainda não viu entrar em contato com um dos trabalhos mais completos envolvendo teatro e música realizados por aqui. Perdi "Caubi", do Diogo Vilela. Quem estiver em São Paulo, não cometa o mesmo deslize.

Já ouço comentários emocionados de meu pai sobre esse trabalho de Bibi interpretando Piaf há algum tempo. Foi por ele (emocionado e repetindo todas as histórias que sempre conta ao se referir a este show) que soube que o espetáculo aconteceria novamente, somado a apresentações nas quais Bibi Ferreira homenagearia Amália Rodrigues. Serão espetáculos separados. Hoje e amanhã, Amália. Sábado e Domingo, Piaf. Hoje e domingo acompanharei meu pai, junto com meu irmão. Coisa de família. A tal da aura vem mais da relação afetiva do que da contemplação do objeto. Definitivamente essa reapresentação é só uma reapresentação e não uma tentativa xôxa de reviver tempos idos, nunca esquecidos que trazem saudades ao recordar ou de apenas capitalizar em cima da nostalgia alheia. Até por ser apenas uma reapresentação, sem mais, é uma oportunidade que raramente a vida nos dá, de voltar no tempo e parar em algum lugar que a gente só conhecia de ouvir falar.

***********************
Depois de Bibi, vai ter show do Dado Villa-Lobos no Teatro Odisséia. Será que dessa vez eu consigo ver?

4 Opine:

At 13:25, Blogger O Anão Corcunda said...

cara,
não tem repetição nenhuma rolando
reapresentação é uma coisa, repetição é outra
no mais, voltar no tempo é impossível
repetir não é voltar, mas é justamente qdo o tempo não anda, inércia, estagnação
acho muito complicado qdo vc mete o marx de bobeira nessas horas, isso desqualifica o teu texto; mesmo as ironias e os sarcasmos requerem embasamento;
certo é que a oportunidade é rara, aproveite-a
da mesma forma q a bibi de tempos atrás não volta mais
mas isso, a priori, não é bom ou ruim
abraço,
andré

 
At 13:59, Blogger Bruno Maia said...

ok... só acho que, de certa forma, vc está tendo uma interpretacao muito absoluta, quase imperativa, concreta, sólida, sobre o que eu escrevi. E você, melhor do que eu, sabe que tudo que é sólido...

 
At 14:00, Blogger Bruno Maia said...

Quem foi mesmo que disse que voltar no tempo é impossível? E quem se importa com essa afirmação?

Por vezes, eu sou uma metáfora.

Já diria você sabe quem...

 
At 22:43, Blogger O Anão Corcunda said...

como diria nelson rodrigues: "Não somos nós que governamos as palavras. As palavras é que nos governam".
por isso, a importância que dou ao uso delas; e esse cuidado precisa ser aumentado quando usamos conceitos de uma ciência tão complexa
quando você fala que quer questionar (palavra sua) a tese marxista, a partir do momento que você declara que vai fazer isso, acho eu, é preciso dar consistência ao que se escreve, senão fica qualquer coisa... aí, você pode dar o azar de ter um marxista lendo o que você escreve, como é o caso, que vai ficar te pentelhando com isso...
a repetição de que marx fala nada tem a ver com o que você apresentou depois... na boa, você podia ter escrito um texto bonito pra caramba, mas essa citação no começo estragou tudo!!!
voltar no tempo é impossível, até que alguém comprove, usando o material que seja (poesia, sociologia, psicanálise, televisão, quiromancia); mesmo porque, penso eu, a história só se repete como farsa, e isso pode ser facilmente comprovado;
talvez você não se importe com essa afirmação; eu, que tenho lido teu site assiduamente, me importo.
pois, por vezes, o tempo é que volta na gente
abraço,
andré

 

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